RDC/Conflitos em Goma já fizeram 17 mortos e quase 400 feridos
Bissau, 28 Jan 25 (ANG) - Uma parte da cidade de Goma, no Leste da República Democrática do Congo, é agora controlada pelo M23 e pelos soldados ruandeses. Os conflitos entre as forças congolesas e os rebeldes continuam no centro da cidade, gerando centenas de feridos.
Esta manhã, era difícil ainda de se
saber quais partes da cidade de Goma, capital da província do Quivu do Norte,
são controladas pelos rebeldes do M23, mas a certeza é que este grupo já se
instalou nesta cidade do Leste da República Democrática de Congo, que conta com
quase um milhão de habitantes.
Segundo os jornalistas da AFP no
terreno, continuam a ouvir-se rajadas de metralhadoras e explosões no centro da
cidade e perto do aeroporto. O conflito já matou 17 pessoas e fez quase 400
feridos, um número que está a levar os hospitais de Goma a trabalharem 24 horas
por dia. A maior parte dos feridos são civis, relatou a missão da Cruz Vermelha
no Quivu do Norte.
Devido a este conflito, a situação
humanitária em Goma é " extremamente inquietante", com cerca de 400
mil pessoas a fugirem da cidade, algumas em direcção ao Ruanda. Também vários
militares congoleses e das milícias pro-Kinshasa terão atravessado a fronteira
com o Ruanda para se renderem.
Na quarta-feira, Félix Tshisekedi,
o Presidente da República Democrática do Congo, e o seu homólogo
ruandês, Paul Kagame, devem encontrar-se no Quénia num encontro promovido
pela Comunidade dos Estados da África de Leste, que visa encontrar uma
solução para este conflito. Esta tarde vai reunir-se o Conselho de Paz e
Segurança da União Africana.
A partir de Luanda, o Presidente João
Lourenço, que lidera os esforços de mediação de paz na região, enquanto líder
da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e em nome da
União Africana, já emitiu um severo apelo aos rebeldes para pararem a violência
e abandonarem os territórios ocupados.
É incerto o número de soldados ruandeses
presentes no território da República Democrática do Congo, estimando-se
que possam ser quase 5.000 homens que lutam ao lado do M23. 13 soldados da
Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a Monusco, já terão
perdido a vida nos últimos dias em Goma.ANG/RFI
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