Ensino e saúde/Frente Social entrega pré-aviso de greve ao Governo
Bissau, 28 Jan 25 (ANG) – A Frente Social, a organização que integra sindicatos da Saúde Pública e do ensino, anunciou segunda-feira a realização de uma greve com início previsto para o próximo dia 03 de Março e para um período de três dias .
A Frente Social, congrega sindicatos da educação e de
saúde, nomeadamente (SINDEPROF, FRENAPROFE, SINETSA e SINQUASS), e o pré-aviso
foi assinado pelos respetivos representantes, Alfredo Biaque, Seni Djassi, João
Correia e Dencio Frorentino lé.
No pré-aviso à que a ANG teve acesso hoje os sindicatos
justificam a decisão de observar a greve com alegada falta de consenso no encontro tido no dia 22
deste mês, com a equipa negocial da Direção-geral do Trabalho, dirigida por sua
Diretora-geral.
Em relação ao setor
do ensino, os sindicatos agrupados na Frente Social exigem do Governo o pagamento
de dívidas ao segundo grupo de professores contratados relativas ao ano letivo
2023/2024; pagamento de 10 meses de subsídio de isolamento e de 10 meses de
subsídio de giz, relativas ao período compreendido entre Janeiro e Outubro de
2019.
Reclamam ainda a melhoria das condições laborais dos
professores; Produção de manuais escolares de 1° ao 12° ano; a atualização do curriculum escolar, de acordo
com a realidade guineense, harmonização
dos conteúdos ao nível nacional; Realização de seminários de capacitação dos
professores, Criação de um Regulamento para o cargo do Presidente de Conselho
Técnico e Pedagógico, Coordenadores Nacionais e Coordenadores de Disciplinas.
Exigem aprovação do
Regulamento da Inspeção Geral da Educação; Participação da associação dos pais
e encarregados da educação, e associação de alunos na gestão do fundo escolar
entre outas.
Resolução das irregularidades provenientes na aplicação do
Estatuto da Carreira Docente no que tange a contagem de tempo de serviço
(diuturnidade), subsidio de isolamento e de giz e a indefinição salarial.
Exigem o desbloqueio e pagamento imediato de salários aos
professores que viram os seus salários de mês de janeiro do ano em curso
bloqueados e dos salários descontados aos professores da Escola São Francisco
de Assis expulsos abusivamente pela Direção da referida escola.
No setor de Saúde, a referida organização sindical exige o
pagamento de 12 meses de salário aos técnicos
recrutados em 2024, o pagamento de 14 meses de salários de 62 profissionais que
estavam afetos à ONG - Médicos Sem Fronteiras.
Exigem ainda o pagamento de retroativos aos 238 novos ingressos de 2018; Quatro meses
aos 60 novos ingressos de 2020, Nove meses salarial aos 5 profissionais (de maio
de 2015 a janeiro de 2016).
Tal como os docentes, os técnicos de saúde também exigem a melhoria
das condições laborais, a criação de um gabinete de apoio e seguimento aos
profissionais de saúde, em caso de doença, para assistência médica e medicamentosa,
a instalação de aparelho de Radiologia,
Ecografia, Hemograma Completo, Bioquímica para exames importantes e básicos nos Hospitais
Regionais e nos Centros tipo A;
Pedem ainda a construção de blocos operatórios equipados e funcionais
e aparelhos de reanimação cardiopulmonar nos Hospitais Regionais e nos Centros
tipo A.
As reivindicações de técnicos de saúde ainda contempla formações
especializadas, superações e capacitações de curta e média duração para todas
as especialidades do setor; de Higiene e segurança no trabalho (ex: EPI); Melhorar
e requalificar as infraestruturas sanitárias; Abastecimento periódico dos
medicamentos de primeira necessidade e de pronto socorro para todas as regiões
sanitárias;
Criação duma estrutura de Medicina Legal; Tornar o HNSM um
verdadeiro hospital de referência com todas as condições referidas para
hospitais regionais e mais (por ex: blocos operatórios e laboratórios
especializados);
Reformar a estrutura e o funcionamento do Laboratório
Nacional de Saúde Pública com aparelhos modernos e profissionais qualificados
no sentido de cumprir a sua função clínica de investigação e pesquisa
científica. Criar e/ou fazer reformas dos instrumentos legais que regulamentam
de forma eficaz a abertura e funcionamento dos centros hospitalares privados,
laboratórios, farmácias, etc, são, entre outras, as reivindicações
apresentadas.
A Frente Social manifesta total abertura ao diálogo para
encontrar uma solução dos problemas supracitados para que esta vaga de greve
não efetivasse no dia previsto. ANG/LPG//SG
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