terça-feira, 28 de janeiro de 2025

 Colombia/Gustavo Petro acaba por aceitar deportações após ameaças de Donald Trump

Bissau, 28 Jan 25 (ANG) - O Presidente colombiano, Gustavo Petro, acabou por aceitar as deportações dos seus concidadãos vindos dos Estados Unidos da América após Donald Trump ter ameaçado o país com o aumento das taxas aduaneiras, restrições de viagens e revogação de vistos atribuídos a colombianos.

O impasse criado entre as trocas abrasivas entre os Presidentes Donald Trump e Gustavo Petro foi "superado". A notícia foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, Luis Gilberto Murillo, que confirmou hoje numa conferência de imprensa que o país vai aceitar os imigrantes deportados dos Estados Unidos da América.

"O Governo da Colômbia informa que superámos o impasse com o governo dos Estados Unidos. Às colombianas e aos colombianos que voltam como repatriados fazemos questão em garantir-lhes condições dignas como cidadãos detentores de direitos. O governo da Colômbia tem o avião presidencial à disposição para facilitar o regresso dos cidadãos nacionais que vão chegar ao país. A Colômbia confirma que se mantêm abertos os canais diplomáticos para garantir o interesse nacional e a dignidade dos nossos cidadãos", disse Gilberto Murillo.

O conflito entre os dois países do continente americano começou quando Gustavo Petro recusou que aviões militares norte-americanos com imigrantes ilegais colombianos aterrassem no país. Para o Presidente colombiano, esta não seria uma forma digna de deportar os seus nacionais, tendo até proposto enviar o seu avião pessoal para os ir buscar.

Do seu lado, Donald Trump não apreciou esta recusa, decidindo impôr taxas aduaneiras mais altas aos produtos vindos da Colômbia, assim como restrições de viagem aos colombianos e revogação imediata de vistos aos nacionais deste país. Em resposta, Petro chegou mesmo a avançar com taxas aos produtos vindos dos Estados Unidos.

Com os vistos a terem chegado a ser suspensos na Embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, os ânimos acalmaram-se e a Colômbia decidiu aceitar os seus nacionais de volta. Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial da Colômbia, com uma grande cooperação entre os dois países para o combate ao narcotráfico.

No entanto, e perante o possível retorno de milhões de imigrantes ilegais oriundos da América Latina aos seus países de origem, vários dirigentes têm mostrado a sua indignação face ao tratamento destas pessoas.

O México está a construir pelo menos nove abrigos de urgência para acolher os mexicanos deportados e as Honduras estão a lançar um programa que se chama "Herman ven a casa" para acolher todos os nacionais que regressem através de ajuda imediata como comida e dinheiro e ainda acesso a oportunidades de emprego.ANG/RFI

 

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