São
Tomé e Príncipe/Acção Democrática Independente pode vir a fragmentar-se
Bissau, 23 Jan 25(ANG) - O
partido Acção Democrática Independente(ADI) está actualmente dividido,
admitindo-se um cenário de fragmentação na sua bancada parlamentar. O partido
dispõe de uma maioria absoluta de 30 deputados.
Com a queda e a nomeação do
novo governo, a Acção Democrática Independente, partido no poder em São Tomé e Príncipe,
está a fragmentar-se, prevendo-se para breve uma reunião que possa aglutinar as
facções existentes ou a eleição de novos órgãos estatutários.
O líder do partido, Patrice
Trovoada, numa das suas recentes comunicações no Facebook, admite um possível
afastamento das hostes do partido, dos membros do seu partido que constituem o
actual governo ou a extinção desta força política.
"Esse governo que querem chamar de "Nova
esperança"... No fundo, é um governo de amigos e compadres que tem como
denominador comum resolver os seus problemas pessoais e de ego
hipertrofiado. O risco que nós temos hoje é de retrocesso, de
incongruência, de aumento da autoritarismo e da corrupção. E o risco para o ADI
é de facto de nós virmos a fraccionar(nos) e acabarmos por desaparecer quando
desde 2010 somos o maior partido de São Tomé e Príncipe",
indicou.
O antigo primeiro ministro
assegura que se mantém no partido, mas aproveitou também para tecer duras
críticas ao Presidente que o destituiu.
"Dizer que vou-me manter sempre activo junto
do partido, sobretudo na preparação do próximo Congresso, que tem que vir o
mais rapidamente possível, de modo a podermos muito oficialmente e formalmente
expulsar todos aqueles que decidiram de facto sacrificar o ADI, sacrificar o
programa do Governo, sacrificar uma ambição colectiva que estava em marcha para
resolver e trazer a solução para a população em nome de interesses pessoais,
interesses pessoais. Começando pelo senhor Carlos Vila Nova que foi posto
na Presidência da República pelo esforço de vocês todos e o voto popular que
nós fomos à procura, e continuando por todos aqueles que hoje decidiram
participar nessa aventura que infelizmente, todos nós haveremos de pagar os
custos", declarou Trovoada.
O actual Primeiro ministro,
Américo Ramos, disse que o seu foco essencial é a estabilidade governativa
desvalorizando as críticas do anterior chefe do executivo santomense.
"Nós estamos a tomar conta dos dossiers. Estamos a analisar e precisamos ter muita calma, muita atenção naquilo que fazemos. Governar não é só ir contra determinadas questões. Nós temos é que analisar e ver o devido enquadramento dessas taxas, como é que elas foram criadas para aqui e no devido momento, nós tomaremos a decisão mais acertada possível para o bem da nação. Nos próximos dias já decidiremos", disse o actual primeiro-ministro.ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário