Dia dos Combatentes/PAIGC crítica retirada da data de 23 de janeiro na lista de feriados nacionais
Bissau, 24 jan 25 (ANG) – O vice Presidente do Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) criticou a retirada da 23 de janeiro, Dia dos
Combatentes da Liberdade da Pátria, na lista de feriados nacionais.
Para assinalar esta data, o PAIGC organizou várias atividades alusivas a este marco importante que marcou o início da Luta Armada para a independência da Guiné e Cabo Verde que inclui a deposição de coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral, na retunda do Aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em homenagem aos combatentes.
O ato foi presidido pelo Vice-presidente
do PAIGC Califa Seide, na presença de uma delegação do Partido Comunista Português(PCP)
e da Presidente da Juventude de Partido Africano da Independência de Cabo Verde
(PAICV), em representação do partido.
Em declarações à imprensa, após a deposição de flores, Califa
Seidi disse que isso é a melhor forma de render homenagem aos combatentes e do
líder da revolução, Amílcar Cabral, que no
dia 23 de janeiro iniciaram a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
“E após a independência foi o Estado guineense que declarou a data de 23 de
janeiro como o Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria e igualmente 20 de
Janeiro como Dia dos Heróis Nacionais”, salientou.
Califa Seide, frisou que, a deposição de
coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral é para simbolizar o
sentimento que o PAIGC tem por tudo aquilo que os combatentes fizeram para que
hoje possamos ter uma nação.
Adiantou que, isso foi graças aos
combatentes que consentiram sacrifícios e coragem dando as suas vidas pela
libertação da Guiné e Cabo Verde.
Instado a falar sobre a situação dos
protagonistas da independência, que hoje queixam-se do abandono do Estado,
Seide defendeu aplicação da lei aprovada na Assembleia Nacional Popular, que fixa
pensão mínimo de 150 mil francos CFA para os combatentes.
“Há dez anos que o PAIGC tenta mostrar
ao governo que é necessário aumentar a pensão mínima dos combatentes da
liberdade da pátria, com vista a dignificar os que pelo menos ainda estão de
vida”, afirmou.
Questionado sobre a observância dos
valores que motivou a luta pela independência, nomeadamente a liberdade e
democracia, o vice presidente do PAIGC disse que há uma tentativa de minimizar
tudo ou de pôr em causa tudo aquilo foi conquistado pelo povo guineense, em termos
de liberdade e da democracia e construir as bases para uma ditadura.
“Para nós isto é traição a pátria,
porque o povo luta para independência, para liberdade e que está sendo posta em
causa neste momento, afirmou
Acrescentou que, de facto neste momento não há liberdade de expressão, de manifestação, de imprensa ou seja tudo o que é liberdade para um povo está ser posta em causa e o PAIGC continua a lutar para repor estes valores e os que estão implementar a ditadura sabem que estão determinados para enfrentá-los.ANG/LPG/ÂC
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