quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Alemanha/”Atropelamento de multidão em Munique terá sido ataque", diz governador

Bissau, 13 fev 25 (ANG) - "Suspeitamos de que se tratou de um ataque", disse o primeiro-ministro da região da Bavaria, Markus Söder.


Oincidente em que um homem conduziu hoje um carro contra um grupo de pessoas que estavam numa manifestação sindical em Munique parece ter sido um ataque, disse o governador da Baviera numa conferência de imprensa. O atropelamento que fez, pelo menos, 28 feridos ter-se-á tratado de "um ataque".

"Suspeitamos de que se tratou de um ataque", disse o primeiro-ministro da região da Bavaria, Markus Söder, numa altura em que se vão conhecendo pormenores sobre a identidade do suspeito.

"O ataque mostra-nos que é preciso mudar alguma coisa na Alemanha - e rapidamente", disse o governante, citado pela BBC.

A polícia adiantou que, pelo menos, 28 pessoas, incluindo crianças, ficaram feridas, duas em estado grave. O condutor foi detido imediatamente após o ataque.

As autoridades confirmaram, também, que o suspeito é um homem afegão, de 24 anos, requerente de asilo no país. As autoridades revelaram que o suspeito já estava referenciado pela polícia, por furto e crimes relacionados com droga. 

O acidente aconteceu esta quinta-feira de manhã pelas 10h30 [menos uma hora em Portugal Continental] numa praça perto do centro de Munique e no local, na zona de Dachauer Straße, ainda é possível ver um Mini danificado, juntamente com destroços, incluindo sapatos.

A polícia está agora a investigar se se tratou de um acidente ou de um ataque deliberado.

Notícias ao Minuto | 11:15 - 13/02/2025

O presidente da câmara de Munique, Dieter Reiter, disse estar "profundamente chocado" com o incidente, reiterando que estavam crianças entre os feridos.

A polícia disse ainda que não crê que o atropelamento esteja relacionado com a Conferência sobre Segurança em Munique, que estava agendado para amanhã. 

A cidade de Munique está sob um forte dispositivo de segurança, já que recebe na sexta-feira uma Conferência de Segurança, onde estarão presentes cerca de 60 chefes de Estado e de Governo, para discutir uma nova ordem mundial e os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente. ANG/Lusa

Regiões/Mulheres horticultoras da tabanca de Fontche, Sector de Bissorã lamentam falta de água para irrigação

Oio, 13 Fev 25 (ANG) – A Presidente da Associação das Mulheres Horticultoras da povoação de Fontche, secção Binar, no sector de Bissorã, região de Oio, lamentou esta quarta-feira a falta de água canalizada para irrigação dos seus produtos.

Maria Santa Helena manifestou a sua preocupação numa entrevista  ao correspondente da ANG na região de Oio, na qual diz que  graças ao trabalho de rega conseguem sustentar a família e pagar a escola dos filhos.

Disse  que o espaço de lavoura não tem condições adequadas, uma vez que não estão vedados e os animais estragam os seus produtos.

Helena acrescentou que se levantam as 4 de manhã para procurar água para regar.

Apelado ao Governo e às organizações que não fazem parte do Estado a apoiá-las com fontenários para irrigação e sementes.

A horticultora contou que cultivam vários  legumes: a pimenta, malagueta e tomates, mas que enfrentam com dificuldades para combater as pragas que têm estado a destruir as suas plantações.

Para  fazer face à essa situação, apela ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural para  ajudá-las com inseticidas para combater as pragas.

A Associação das  Horticultoras de Fontche conta com cerca de 80 mulheres.ANG/MSC/ÂC//SG

Regiões/Novo delegado de Viação e Transportes Terrestres  de Canchungo preocupado com atraso  na  renovação de documentos pelos condutores

Canchungo, 13 Fev 25 (ANG) - O novo delegado dos Serviços de Viação e Transportes Terrestres para o setor de Canchungo, região de Cacheu, norte do país, Fernando Gomes disse estar preocupado com os atrasos que se verificam na renovação de documentos por parte dos condutores.

Gomes acrescenta, em entrevista ao Correspondente Regional da ANG, que essas demoras afectam sobretudo a Carta de Condução ,os Livretes e as Licenças de operação.

Para mudar essa situação, Fernando Gomes disse que tem promovido reuniões com a Associação dos Transportes e Motoristas da região de Cacheu, visando o reforço da colaboração institucional para que os documentos caducos possam ser renovados.

Em relação a antiga Paragem  de Caió, em Canchungo, disse que agora passa a ser utilizada como Paragem de Táxis, para se libertar a rotunda de Cancnungo.

Quanto a circulação de Moto-táxis, muito criticada pela população local, Fernando Gomes disse está aberta uma campanha de  sensibilização dos condutores desses meios de transportes no sentido de respeitarem o Código de Estrada, para se diminuir os acidentes que têm  estado a provocar. ANG/AC/AALS/ÂC//SG

    Regiões/ Governo reinaugura edifício de registo e notariado de Bolama

Bolama,13 Fev 25(ANG) – O  Governo com apoio da União Europeia(UE) investiu    cerca de nove milhões de francos CFA na reparação do edifício de registo e notariado na cidade de Bolama, reinaugurado terça-feira.

Intervindo na cerimónia, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Mara do Céu Silva Monteiro disse que o investimento feito para a recuperação do imóvel  demonstra a determinação do Governo de colocar serviços de utilidade pública ao alcance de todos.

“Todos os cidadãos têm direito ao  acesso a identidade civil, registos e notariado que é uma questão de dignidade humana”, disse.

Maria do Céu Monteiro agradeceu o financiador pelo apoio que permitiu a concretização desse projeto  promete melhorar os serviços do registo civil e notariado de Bolama.

 O representante do Governador da região de Bolama, Queba Sanhá afirmou que a reabilitação do referido edifício demonstra o empenho do Executivo no cumprimento das suas obrigações para com o povo, no que toca ao registo de nascimento.

Segundo o  Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Miguel Silvestre, os novos serviços de Registos e  Notariado de Bolama estão equipados com painéis solares e brevemente terão equipamentos informáticos que deverão integrar o Sistema Informático para Resolução de Conflitos(SIREC).

O SIREC deverá permitirá o controlo nas conservatórias e garantir que todos os postos e notariados, hospitais,  registos de nascimento e outros funcionem em melhor segurança.

Miguel Silvestre disse que o projeto tem ainda outros objetivos, tais como o combate ao tráfico de seres humanos à nível regional, reforço de segurança e controlo nas fronteiras à   todos os níveis.

Para o  Chefe da Cooperação da UE, Fernando Trabalo, o ato inaugural significa que a sua organização está a cumprir  os compromissos de apoiar a Guiné-Bissau, para o fortalecimento das instituições e ser um Estado de Direito.

Trabalo  afirmou que o registo de nascimento constitui base para o exercício da cidadania e direitos essenciais como a educação, saúde e proteção social.


Trabalo disse que graças a estreita colaboração entre  o Estado guineense e os parceiros do desenvolvimento, o projeto conseguiu avanços significativos, desde o desenvolvimento do  sistema de integração do registo dos cidadãos, passando pela  implementação do sistema passe no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira até a capacitação dos funcionários ligados a este serviço. ANG/JD/ÂC//SG

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Ensino/Coordenador da RENAJI pede ao Governo criação de  mais jardins infantis para receção de mais  crianças

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) - O Coordenador da Rede Nacional de Jardins de Infância (RENAJI),  apelou, terça-feira, ao Governo a criação de  mais jardins infantis  na Guiné-Bissau de modo à  facilitar o acesso ao ensino pelas crianças cujos pais têm poucos recursos financeiros.

Quecuta Indjai falava à margem da visita que o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e os parceiros, nomeadamente, o Embaixador da Espanha na Guiné-Bissau, o representante de Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) e de Programa Alimentar Mundial (PAM) efetuaram  à escola de Cussana, situada no setor de  Mansoa, região de Oio, norte do país.

A visita tinha como objectivo   se inteirar da   situação de funcionamento da referida infraestrutura, e realizou-se no âmbito de visitas do grupo aos  Centros de Educação pré-escolar, Escolas e Centros de Nutrição na Região de Oio.

“Atualmente, na região de Oio, concretamente no setor de Mansoa, temos um centro de desenvolvimento pré-escolar e  já desenvolvemos cinco projetos com o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF). Ainda está em curso um projeto que se chama “raiz de mínimo”, contou aquele responsável.

Indjai sustentou que, nas regiões da Guiné-Bissau existem mais jardins comunitários,  que deixam muitas crianças fora do aprendizado pré-escolar devido a falta de meios financeiros dos pais e encarregados de educação.

Quecuta disse que os jardins  públicos no país funcionam  na base de auto-gestão e que isso dificulta  o ingresso de quem não tem meios para pagar as mensalidades.

“Na realidade, muitos desconhecem a importância do ensino pré-escolar. Deve merecer muita  atenção devido as competências que pode desenvolver no processo de aprendizagem de uma criança”, referiu o Coordenador de RENAJI.

Na capital Bissau existem poucos jardins públicos, os mais vulgares como Nelson Mandela, Teresa Badinca, Nhima Sanhá, entre outros também funcionam na base de auto-gestão.

O UNICEF está  a pilotar o currículo para crianças de cinco anos, desenvolvido ao longo de dois anos com a Universidade do Minho e a Fundação Calouste Gulbenkian , alinhado com o corrículo do ensino básico. ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

Cultura/Grupo “PSAP” pretende reviver as diversidades culturais dos antepassados guineenses”, diz o seu fundador Adelino da Kosta

Bissau,12 Fev 25(ANG) – O fundador do Grupo Cultural PSAP(suporte) no dialeto manjaco, disse que o grupo foi criado para transmitir a atual geração e as vindouras, a essência das diversidades culturais e espirituais dos antepassados guineenses, através de danças, cânticos e peças teatrais.


A afirmação de Adelino da Kosta foi feita hoje em declarações exclusivas à ANG, no âmbito do lançamento do Primeiro Bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau, promovido pelo Movimento de Arte Cultural de Bissau (MoACBiss)  e animado pelo Grupo PSAP.

“O Grupo apresenta a parte espiritual dos nossos antepassados da nossa essência, tanto da parte mental como físico, porque quando estes valores não estão claros, sempre iremos à sua procura, da melhor resposta e caminho que podemos seguir através de PSAP”, disse.

Da Kosta, sustentou que o  PSAP existe para que as pessoas possam lhe viver no presente momento, frisando que é preciso que se recorde o bom passado e senti-lo de forma a poder transmiti-lo às gerações futuras.

 “O Grupo PSAP não é uma orquestra que precisa de ir a um estúdio para ir afinar as sons musicais. As suas canções provêm de dentro de almas, de uma forma acústica e de sentido místicos para fazer as pessoas ficarem arrepiadas com cabelos levantados nas cabeças”, frisou.

Adelino da Kosta, salientou que existia de facto, a falta de um grupo que transmite aos guineenses uma ternura, manifestação de carinho e alegria, quando estão sentados numa plateia.

“O Grupo PSAP veio para fazer esse complemento,  fazer ao povo guineense viver uma vida com carinho e amor e desperta a atenção dos guineenses para descobrirem o verdadeiro espírito de ser guineense”, afirmou. ANG/ÂC//SG

          Cultura/Lançado primeiro bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) – O Movimento de Arte Cultural de Bissau (MoACBiss) lançou, terça feira,(11), o primeiro bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau, com vista a influenciar a criação de infraestruturas para a promoção da economia nacional.

No ato, o Coordenador de MoACBiss, Miguel de Barros disse que a iniciativa é da sociedade civil guineense e sobretudo dos movimentos sociais artísticos culturais  guineenses, no país e na diáspora, e que visa a criação de possibilidades para     produção cultural.

Acrescentou que pretende-se  criar  bom ambiente que vai influenciar o surgimento de infraestruturas culturais, para  permitir que os profissionais de arte tenham as suas dignidades e um  espaço para  apresentar suas artes, e para o público ter possibilidades e condições essenciais para receber obras de artes.

"Este é o nosso grande desafio. 2023 foi o primeiro momento que começamos a ver qual são as possibilidades e potencialidades que existem e também lacunas. E 2025 é momento de concretização desta primeira etapa, onde vamos ter 59 atividades durante 31 dias do mês de Maio, em que , pelo menos seis bairros de Bissau e todos os centros culturais em Bissau vão receber estas atividades que aguardam muitas surpresas”, disse Barros.

Entre as surpresas, Miguel de Barros aponta o  lançamento de livros, filmes, presença de escritores de renomes internacionais .

Realçou que a iniciativa vai permitir também a mobilidade, produção profissional, intercâmbios entre artistas, não só com guineenses que estão no país ou fora, mas também com artistas de outros países, que podem usar a Guiné-Bissau como um palco de suas criações e produções.

O Coordenador do MoACBiss disse que vão discutir a forma como podem levar o crioulo como um património nacional, a gastronomia como elemento de  identidade e depois como pode ser a mobilidade de artistas, tanto no espaço nacional  como no internacional.

”Grande dificuldade de arte guineense é ter agências que  acompanham os artistas para terem acesso ao mercado internacional”, sustentou de Barros.ANG/MI//SG

 

Etiópia/Conflitos, orçamento reduzido e Trump ameaçam o continente africano, lembra Faki Mahamat

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) Começou esta manhã em Addis Abeba, na Etiópia, o Conselho Executivo da União Africana que reúne todos os ministros dos Negócios Estrangeiros do continente e que prepara a reunião dos chefes de Estado e Governo que vai acontecer já no fim de semana.

 A cerimónia de abertura serviu para que Moussa Faki Mahamat fizesse um curto balanço dos seus oito anos de mandato, mas também aproveitou para lembrar os desafios do continente.

"As nossas conquistas não devem encobrir as nossas dificuldades e os desafios que continuam sobressaltar-nos de todos os lados. Conflitos violentos continuam a matar em larga escala em África. O Sudão e o leste da República Democrática do Congo são os teatros mais pungentes, os mais dramáticos em todos os aspectos. O difícil financiamento da nossa organização continua a pesar muito na sua eficácia e independência na tomada de decisões. A revitalização do fundo para a paz e a expectativa de que seu primeiro objetivo seja alcançado é um vislumbre encorajador de esperança nesse sentido. O enfraquecimento da solidariedade africana e o enfraquecimento do espírito pan-africano enfraquece nosso ardor e reduz o nosso peso a nível continental e internacional. Essa situação é ainda mais preocupante porque nos encontramos num momento em que o multilateralismo, já em mau-estado desde há algum tempo, está a enfrentar novos desafios e golpes vindos do outro lado do Atlântico", disse o ainda presidente da Comissão da União Africana.

Na corrida para o substituir estão o queniano Raila Odinga, o djibutiano Mahamoud Ali Youssouf e ainda o malgaxe Richard Randriamandrato. O voto será secreto e vai acontecer no dia 15 de Fevereiro.

Ainda falando hoje de manhã, o Secretário Geral adjunto das Nações Unidas, o ugandês Claver Gatete, mencionou a importância das reparações devidas à África pelas potências colonizadoras - sendo este o tema desta Cimeira.

"Não podemos questionar o facto de a escravatura ter roubado a África o seu povo, mas também os seus recursos e dignidade. A retirada de recursos a África sem investimento no seu desenvolvimento, a subestimação das economias africanas nos mercados financeiros e as barreiras ao comércio são a expressão contemporânea desta injustiça histórica. É assim crucial, para além de compensações financeiras, falar sobre a justiça reparativa para o continente", indicou este alto funcionário da ONU.

O Conselho Executivo está hoje a escolher os novos membros dos seus órgãos, nomeadamente os diferentes presidentes das comissões sectoraias como Ambiente, Educação ou Saúde.ANG/RFI

 

Ucrânia/Zelensky fala em “troca” de territórios, Rússia considera “absurdo”

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) - O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou-se esta terça-feira, 11 de Fevereiro, disposto a “uma troca” de territórios com a Rússia, no contexto de eventuais negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos.

 Acrescenta Zelensky que a Europa sozinha não conseguirá garantir a sua segurança.

Numa entrevista ao diário britânico The Guardian, o chefe de estado ucraniano considera que se Trump for capaz de levar os dois países em guerra à mesa das negociações, pode equacionar  “trocar um território por outro”, embora diga não saber que território pediria Kiev em troca.

A Rússia, por seu lado, diz que “nunca discutiu, nem vai discutir” uma troca de território, declarou esta manhã Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa. O vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional russo, Dmitri Medvedev, considera a hipótese “absurda” e acrescenta que Moscovo tem vindo a demonstrar “dia após dia, a sua capacidade de obter a “paz pela força”. 

Zelensky vai encontrar-se com o vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha,prevista para sexta-feira.

Donald Trump, neste regresso à Casa Branca, comprometeu-se a acabar rapidamente com a “carnificina” da guerra na Ucrânia, reacendeu a possibilidade de negociações de paz. Diálogo que está completamente bloqueado desde a Primavera de 2022, com Moscovo a a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Entretanto, esta quarta-feira, 12 de Fevereiro, Paris acolhe uma reunião diplomática sobre a Ucrânia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros do “triângulo de Weimar” - França, Alemanha e Polónia - juntamente pelos chefes da diplomacia espanhola e italiana deveriam debater a situação no terreno e em seguida ainda se encontrarem com os homólogos ucraniano e britânico.

Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da França, o ministro da tutela Jean-Noel Barrot prevê relembrar neste encontro “que a França e os seus parceiros estão determinados em fornecer todo o apoio necessário à Ucrânia, a prazo, para derrotar a guerra de agressão da Rússia”.ANG/RFI

 

             EUA/ Rei Abdallah II da Jordânia rejeita acolher palestinianos

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) - O Rei Abdallah II da Jordânia, em visita oficial em Wasington, nos Estados Unidos,rejeitou acolher palestinianos e mostrou-se contra o projecto de Donald Trump, isto perante o Presidente dos Estados Unidos.

A cena é pouco habitual: Donald Trump, Presidente norte-americano, recebeu o Rei da Jordânia para abordar o projecto na Faixa de Gaza e pedir novamente que receba palestinianos durante a reconstrução pelos Estados Unidos.

Sem nunca abrir mão, o Rei Abdallah II reiterou que não vai acolher mais palestinianos no seu país nessa perspectiva de reconstrução norte-americana da Faixa de Gaza.

Acho que a questão é como fazer funcionar isto tudo de uma forma que seja boa para todos. E, obviamente, temos que olhar para os interesses dos Estados Unidos, das pessoas da região, especialmente para o meu povo da Jordânia. E vamos ter algumas discussões interessantes neste dia. Acho que uma das coisas que podemos fazer imediatamente é levar 2000 crianças que são crianças com cancros ou em estado muito doente para a Jordânia o mais rápido possível. Agora é esperar, eu acho, que os egípcios apresentem o seu plano sobre como podemos trabalhar juntos com o presidente Donald Trump para trabalhar nestes desafios”, insistiu o Rei Abdallah II.

Apesar das declarações do Rei Abdallah II, Donald Trump não baixou a pressão e perante os jornalistas voltou a afirmar que o seu projecto ‘imobiliário’ para a Faixa de Gaza vai-se concretizar, sem os palestinianos que serão deslocados no Egipto e na Jordânia de forma permanente.

Duas visões e dois discursos completamente diferentes. No canal televisivo norte-americano CNN, o Primeiro-Ministro da Jordânia, Jafar Hassan, está na mesma linha do que o Rei, afirmando que os palestinianos já representam 35% da população do seu país e que a reconstrução da Faixa de Gaza tem de ser realizada com os palestinianos na perspectiva da criação de dois Estados independentes entre Israel e os palestinianos. ANG/RFI

 

França/Mais de 60 Estados assinam declaração conjunta para uma IA "aberta e ética”

Bissau, 12 fev 25 (ANG) - Cerca de sessenta países, incluindo a França, China, União Europeia e União Africana, assinaram , terça-feira,  uma parceria global para uma inteligência artificial “aberta” e “ética”, declaração que os Estados Unidos e o Reino Unido não subscreveram.


O chefe de Estado francês, Emanuel Macron, afirmou que "estão lançadas as bases para uma inteligência artificial  "célere e inclusiva”. A Índia vai receber a próxima cimeira sobre Inteligência Artificial.

Os signatários desta declaração são favoráveis a uma coordenação reforçada da governação da Inteligência Artificial, através de um diálogo mundial, evitando a concentração de mercado e garantindo que esta tecnologia seja acessível a todos. De fora ficaram os Estados Unidos e o Reino Unido.

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, referiu que com esta cimeira se lançaram "as bases, juntamente com a inovação e a aceleração, daquilo que permitirá que a IA exista e prevaleça, ou seja, as chaves para a confiança".

A presidente da Comissão Europeia pretende que "a IA seja uma força para o bem e para o crescimento". Ursula Von der Leyen anunciou 200 mil milhões de euros para investimentos em IA na Europa. Destes 200 mil milhões, a UE ficará com a quota de 50 mil milhões de euros, aos quais se juntarão compromissos de 150 mil milhões dos grandes grupos participantes nesta "aliança".

“Esta será a maior parceria público-privada do mundo para o desenvolvimento de IA fiável, acrescentou.

O vice-presidente americano J.D Vance destacou-se pelo discurso bastante ofensivo sobre a batalha pela IA e sobre a posição hegemónica que o país pretende manter.

“Não estou aqui para falar sobre segurança em inteligência artificial, isso era o assunto de há dois anos atrás. A administração de Donald Trump acredita que as aplicações serão infinitas na criação de empregos, assistência médica, liberdade de expressão, segurança nacional e muito mais. Estamos à frente do jogo, mas seria prejudicial para os outros se essa tecnologia não se aplicasse a todos no futuro”, detalhou.

J.D Vance disse ainda que os Estados unidos querem “embarcar nesta revolução da inteligência artificial com espírito de abertura e colaboração. No entanto, para fazer isso, para construir essa confiança, precisamos de regimes regulatórios que incentivem a criação de tecnologia, em vez de regimes que a impeçam”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, começou por lembrar que “num piscar de olhos, a inteligência artificial deixou o reino da ficção científica para se tornar uma força poderosa que está a revolucionar o mundo, transformando a maneira como vivemos”.

António Guterres defendeu que o poder da IA “está nas mãos de poucos, o que aprofunda desigualdades e cria um mundo de “privilegiados e excluídos, apelando a uma ação global: Devemos trabalhar juntos para que a IA seja uma ponte entre países desenvolvidos e em desenvolvimento – e não um factor de divisão".

A ministra portuguesa da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, que representou Portugal nesta cimeira, afirmou que ficou claro que a inteligência artificial é um fenómeno global "que exige consensos (… ) que respeite a segurança e a qualidade".

A responsável portuguesa pela pasta da Juventude e Modernização  falou ainda da questão da fiabilidade dos dados, que a seu ver é crítica, sublinhado ainda a importância de uma aposta na formação.

“Trata-se de uma questão que está alinhada com aquela que é agenda Nacional de Inteligência Artificial, que o Governo português está neste momento a desenvolver. A necessidade de apostarmos na formação e na qualificação, notou.

Margarida Balseiro Lopes destacou “a necessidade de a inteligência artificial ser usada para reduzir assimetrias, desigualdades”, acrescentando que a regulamentação é fundamental, mas não deve impedir a inovação.

“É necessário conseguir que este caminho se faça de mãos dadas, ou seja, regulando no sentido de proteger os direitos fundamentais, mas que isso não signifique castrar a inovação e impedir que nós consigamos tirar o melhor partido da tecnologia", concluiu.

Já a directora jurídica da empresa OVHCloud, Solange Viegas,  explicou que a regulação não tem um impacto negativo na competitividada, podendo mesmo ter o efecto contário. 

"Se a regulação for adaptada, penso que pode ajudar a criar competição. Por exemplo, actualmente há uma diferença de capacidade de envolvimento entre empresas americanas e empresas europeias (...) há certas regulações europeias que podem ajudar a desenvolver todo o tecido industrial económico europeu . Temos um diferencial importante quando comparando com os competidores que é a protecção dos dados", declarou Solange Viegas à jornalista Lúcia Muzel,

Para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anfitrião da próxima cimeira sobre inteligência artificial, o desafio é não deixar para trás "o sul global".ANG/RFI

 


        RDC
/Novos confrontos no leste  depois de três dias de acalmia

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) -Novos confrontos entre o exército congolês e milicianos do M23 apoiados por tropas ruandesas no leste da RDC estão atualmente a decorrer ,três dias após um apelo de líderes africanos para um cessar-fogo que foi relativamente ouvido pelos beligerantes.

Depois de três dias de acalmia subsequentes a um apelo no sentido de se apresentar um plano de trégua "incondicional" emitido pelos líderes regionais reunidos em cimeira extraordinária no sábado passado na Tanzânia, fontes locais e de segurança avançam que nesta terça-feira, o grupo armado M23 e tropas ruandesas atacaram as posições do exército congolês perto de Ihusi, a cerca de 70 km de Bukavu, capital do Sul Kivu, e a cerca de 40 km do aeroporto provincial instalado em Kavumu.

As mesmas fontes que dão conta de "detonações de armas pesadas" referem que o grupo armado e os seus aliados ruandeses tentaram nestes últimos dias tomar o controlo dos territórios à volta da estrada principal que leva a Bukavu e, deste modo, cortar as vias de abastecimento do exército congolês.

Fontes de segurança indicam que estes ataques têm sido contidos até ao momento pelos militares que o Burundi destacou para reforçar as tropas congolesas no terreno.

Cerca de 10 mil militares do Burundi encontram-se actualmente no Sul Kivu, Bujumbura tendo enviado na passada sexta-feira pelo menos um batalhão suplementar para aquela zona para onde se concentram doravante todas as atenções, depois de os M23 e as tropas ruandesas terem tomado o controlo de Goma, capital do Norte Kivu, ao cabo de uma ofensiva-relâmpago em finais de Janeiro.

Segundo a ONU, a situação humanitária em Goma tem vindo a deteriorar-se, designadamente com o aumento de casos de cólera. Confrontados com a falta de água potável numa parte da cidade, os habitantes abastecem-se na água do lago Kivu, onde foram resgatados cadáveres após os combates.

A crise no leste da RDC deve ser abordada numa reunião da União Africana em Addis Abeba na próxima sexta-feira.

Apesar de diversas iniciativas diplomáticas, nomeadamente de Angola, para se alcançar a paz naquela região, nenhuma mediação e nenhum apelo foram ouvidos pelos beligerantes, a comunidade internacional receando que o conflito possa resvalar para uma guerra regional.

Refira-se entretanto que pelo menos 51 pessoas foram mortas por homens armados ligados à milícia Codeco no nordeste da RDC, região onde a violência é também recorrente, informaram fontes locais e humanitárias.

De acordo com estas fontes mencionando que se trata de um "balanço provisório", nesta segunda-feira, milicianos da Codeco (Cooperativa para o desenvolvimento do Congo) "mataram 51 pessoas, a maioria civis deslocados, em três localidades vizinhas localizadas na província do Ituri", a cerca de 80 quilómetros da capital provincial, Bunia.

"Há 43 casas incendiadas, e outras vítimas foram queimadas dentro das suas casas. Há uma dúzia de feridos", referem ainda as fontes locais ao indicar que apesar de os capacetes azuis terem tentado intervir, os massacres não conseguiram ser impedidos. ANG/RFI

 

Educação/Ministro defende  construção de mais escolas para fazer face às demandas do crescimento populacional no país

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) - O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica defendeu , terça-feira, a necessidade de se construir mais escolas , para fazer face às demandas do crescimento populacional  que se verifica atualmente no país.

Herry Mané falava no âmbito da visita que efetuou conjuntamente com os parceiros do sector, nomeadamente, o Embaixador da Espanha, o representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) e do Programa Alimentar Mundial (PAM) à escola do Ensino Básico e  do Jardim Mássimo Acorti, da povoação de Cussana, no setor de Mansoa,  região de Oio.

“Existe um aumento demográfico em termos populacionais ou seja a população jovem atualmente corresponde à mais de 67 por cento, o que deve merecer muita atenção em termos da unidades do ensino”, reforçou o governante.

Por outro lado, Herry Mané apelou aos governantes para  acompanhem de perto as situações com que se deparam a população, em diferentes localidades, com  a finalidade de promover algo para o progresso e bem-estar do povo em geral.

O ministro da Educação Nacional disse que, felizmente, constatou que o ensino está a ter uma dinâmica no país e que as meninas correspondem à mais de 60 por cento dos estudantes.

“Por isso, apelo ainda aos pais e encarregados de educação à não atrapalhar o progresso académico das suas filhas, porque elas têm o direito de dar suas contribuições, futuramente, quer ao nível  familiar, bem como na  sociedade em geral, uma vez que são capazes de fazer algo para promover o progresso comum”, disse.

Questionado sobre o que pretende fazer no sentido de melhorar ainda mais as condições daquela escola, Herry Mané prometeu que não vai poupar os seus esforços junto dos parceiros para fazer com que as torneiras de água sejam aumentadas na escola porque existem apenas duas para os alunos do liceu, ciclo e escola primária e uma para crianças do ensino básico (jardim).

Por sua vez, o representante do Fundo das Nações Unidas para Infância ( UNICEF), Inoussa Kabore disse estar esperançado de que tudo pode evoluir no futuro.

 “Esta é a primeira visita que efetuamos à esta escola, mas com certeza voltaremos para acompanhar a situação. Vamos trabalhar com o Governo para melhorar a situação desta escola”, garantiu.

Acrescentou que, na realidade pretendem apoiar o Governo para pôr na prática o funcionamento do sistema educativo que vai beneficiar as crianças da Guiné-Bissau, em geral.

“Deve existir a higiene na escola. Por isso, a água e condições de casa de banho são importante para evitar com que as crianças contraem  doenças”, referiu.

Para o Embaixador da Espanha na Guiné-Bissau  a visita é muito importante para seu país, por isso a Espanha tem apoiado os sistemas de educação, saúde e segurança alimentar na Guiné-Bissau.

O responsável de parcerias do Programa Alimentar Mundial (PAM)  Hayoung Lee disse que o melhor investimento que um país deve  fazer é na   educação, porque, diz, “corresponde o futuro e progresso de uma Nação”.

Lee garantiu que vão continuar a acompanhar o Ministério da Educação nas ações que promovam melhor qualidade de ensino e apela ao Governo a investir mais no setor educativo.

A escola de Cussana visitada  tem 13 salas de aulas, três para a 1ª classe, quatro para a 2ª,cinco para a 3ª, quatro de 4ª, três de 5ª, quatro de 6ª, três de 7ª e duas salas de aula para a 8ª classe.

Tem igualmente duas turmas para ensino pré-escolar (Jardim), duas educadoras para trabalhar com 40 crianças, sendo 20 para cada turma e uma educadora para cada sala.

O total dos números de estudantes da escola de Cussana é de 1133 e houve desistência de duas pessoas, e a mesma unidade do ensino tem 34 professores.

A visita tem como objectivo inteirar da situação da escola de Cussana e que inclui os Centros da Educação Pré-escolar, Escolas e Centros de Nutrição na região de Oio.ANG/AALS/ÂC//SG


Ensino/Diretor da Escola de Cussana de Mansoa pede apoio do Governo para aumentar pavilhões naquela unidade escolar  

Bissau, 12 Fev 25 (ANG) - O Diretor da Escola da povoação de Cussana, no sector de Mansoa, região de Oio, norte do país, pediu, terça-feira, o apoio do Governo para construção de mais pavilhões e uma cantina escolar   naquela unidade escolar que leciona até ao  8º ano de escolaridade.

Djime Carter falava à margem da visita que o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e os parceiros de desenvolvimento, nomeadamente, o Embaixador da Espanha na Guiné-Bissau, os representantes de Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) e do Programa Alimentar Mundial (PAM) efetuaram  à escola de Cussana para se inteirar da sua  situação.

“Esta escola saiu de 74 alunos para 1133, por  isso necessitamos de ajuda para corresponder a demanda atual. Sendo que, na região de Oio, atualmente, somos a segunda unidade escolar com maior número de estudantes”, revelou aquele responsável.

Sustentou que, ao longo dos anos, trabalharam com apoio de irmãs imaculada, Igreja Católica e contribuições dos pais e encarregados de educação e que na base disso, conseguiram fazer alguns acertos.

“Esta escola tinha apenas duas salas, mais hoje  já estamos com 13 salas e mais 02 de pré-escolar (Jardim), isso significa que estamos a progredir. Mas, necessitamos de desenvolver ainda mais devido a procura que temos hoje ”, informou.

O Comité de tabanca de Cussana, Domingos Djata pediu que o Governo aumentasse as escolas naquela zona, com a finalidade de facilitar as crianças em termos de acesso à educação.

Em nome dos estudantes, Fátima Camará, que frequenta o 8º ano pede ao Governo a vedação da escola, para se impedir a entrada de animais no recinto escolar.

 “Quero que o Governo pague as  dívidas que tem com os professores, porque já estamos a ser ameaçados com a possibilidade de haver greve. Atrapalhar as aulas não será bom para nós, estudantes”,referiu Fátima Camará.ANG/AALS/ÂC//SG


Justiça
/LGDH pede a PGR abertura de um processo crime contra Juiz conselheiro Lima André por abuso de poder

Bissau 12 Fev 25 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), pediu  terça-feira ao Procurador-geral da República(PGR), a abertura de um processo crime contra o Presidente em exercício do Supremo  Tribunal de Justiça(STJ), Lima António André, por alegado usurpação de competências, falsificação de documentos e abuso de poder.  

O pedido  da LGDH foi revelada em conferência de imprensa de apresentação da “carta denúncia” entregue na Procuradoria Geral da República, cujo o conteúdo foi lido pelo Presidente da LGDH Bubacar Turé.

 “Está evidente que a legalidade democrática e a ordem institucional encontram-se sob ameaça, provocada pela crise jurídico-político artificial engendrada para alimentar interesses inconfessos, que traduz-se numa manobra dilatória do regime politico  vigente para consolidar a subversão da democrática e conservar-se no poder ilegalmente com a participação proactiva do STJ”,diz Turé.

Na carta enviada ao PGR , salientou-se que, de algum tempo à esta parte, a instância máxima da justiça guineense, transformou-se no instrumento de arremesso politico do Chefe de Estado, o que tem contribuído, significativamente, para minar a precária confiança dos cidadãos na administração da justiça, cuja magnitude e gravidade decorrem das prepotências do juiz conselheiro Lima André.

Turé enumerou entre outros, a usurpação das funções pelo “exercício arbitrário” das prerrogativas reservadas ao Presidente do STJ,  em conluio com o poder político vigente, para minar a independência do poder judicial , através das demissões arbitrárias e suspensões ilegais de juízes, por terem decidido sobre  processos de índole político de acordo com a sua consciência.

Na carta a LGDH sublinha que na senda destes actos subvertidos,  “o autoproclamado Presidente do STJ”, proferiu no dia 04 de Fevereiro de 2025 um despacho ilegal que tem como teor pretendia aclarar o Acórdão número 6/2020 sobre o contencioso eleitoral da segunda volta das eleições presidenciais de 2019.

A Liga considera que a decisão está manifestamente inclinada de vício material e formal, pois “consubstancia uma vã tentativa de legalização fraudulenta da agenda politica do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló”, para permanecer no poder para além dos cinco  anos estabelecidos no nº 1 do artigo 66 da Constituição da República .

A LGDH refere na carta ao PGR que a dita aclaração emitida pelo o que diz ser Autoproclamado Presidente do STJ “padece irreversivelmente de nulidade” nos termos da lei ,tendo considerado a decisão de considerar que o mandato do Chefe de Estado acaba no dia 04 de Setembro do ano em curso , de uma “decisão pessoal” de Lima André por isso não tem efeitos jurídicos, emitida fora do prazo de acordo com a lei.

“Face à tudo isso demostra-se  claramente que a decisão é pessoal do juiz conselheiro Lima André, por conseguinte, é nula e sem efeitos jurídicos e por isso as suas ações não passam de uma tentativa de caucionar a continuidade de um regime politico desprovida de legitimidade democrática e hostil ao escrutínio eleitoral “,disse.

Segundo Turé, de acordo com as vocações da LGDH de zelar pela consolidação da democracia e do Estado de Direito, a organização requer ao Procurador-geral da República a abertura de um competente processo crime contra  ao Juiz Conselheiro Lima António André ,visto que a sua conduta indicia objetivamente as práticas dos crimes constantes no Código Penal e leis dos titulares de cargos políticos entre os quais a usurpação de funções ,atentado contra a Constituição da República, abuso de poderes e falsificação de documentos .

Bubacar Turé salientou de que estão cientes de que este seu pedido pode não ter efeitos imediatos, mas segundo diz, “um dia a lei será cumprida”.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

 

               Regiões/ CAJ de  Buba recebeu 450 casos durante  2024

Quinará, 12 Fev 25(ANG) – O assistente do Centro de Acesso à Justiça(CAJ) do setor de Buba, região de Quinará, no sul do país afirmou terem recebido 450 casos durante o ano 2024.

Em declarações à ANG,  segunda-feira, Wilaba Morato Milaco, considerou de positivo os atendimentos dos cidadãos nacionais e estrangeiros, durante  esse o ano.

Wilaba Milaco explicou que a maioria dos casos são denunciados pelas autoridades locais, nomeadamente a Polícia da Ordem Pública e da Administração local e  por pessoas singulares.

Informou que dentre  os casos atendidos a maioria é  de disputa de posse de terra, de  furtos e roubos, casamento forçado, crianças que fazem trabalho de guarda e homicídios.

Wliaba Milaco lamentou as dificuldades com que se debate o  CAJ, desde a falta da luz elétrica  e  meios de transporte  para o pessoal , o que tem dificultado a deslocação para realização dos seus trabalhos.

O CAJ de Buba foi criado pelo Governo da Guiné-Bissau, em 2017, com o objetivo de prestar assistência jurídica aos cidadãos necessitados. ANG/RK/JD/ÂC//SG