FMI Estima em 3,5% Crescimento da Economia Nacional
Bissau, ANG – O Fundo Monetário Internacional (FM), prevê um crescimento da economia da Guiné-Bissau, em 2011, na ordem de três e meio por centos, revelou dia 23, o chefe duma missão deste organismo no final da visita que efectuou ao país.
Paulo Drummond afirmou que o crescimento que se perspectiva, vai dever-se em grande parte no aumento do preço de castanha de caju e na retoma do sector da construção civil do país.
Este responsável falava em conferencia de imprensa onde procedeu ao balanço da situação da Guiné-Bissau, depois da estada desde o passado dia 10 da missão deste organismo financeiros e em que se avaliou o desempenho económico nacional, no quadro do seu Instrumento de Facilidade de Crédito, conhecido por ECF e que havia sido aprovado em Maio de 2010.
Este responsável do FMI elogiou os avanços verificado no ano findo na Guiné-Bissau no tocante ao processo de estabilização da sua economia e assegurou que, em termos de futuro, as perspectivas de crescimento da economia do país são “favoráveis”.
“O Produto Interno Bruto deverá acelerar-se duma forma moderada para 4,3% este ano, impulsionado pelo aumento da produção e do preço de caju e pela reconstrução de infra-estruturas nomeadamente, rodoviárias, de Água e da electricidade”, augurou Drummond.
Contudo, avisou que o aumento dos preços de combustíveis e de bens alimentares, ultimamente e quase certo nos próximos tempos, vai elevar a inflação para 4 por cento no ano em curso, situando-se para além do critério da convergência da União Económica e Monetária Oeste Africana, a UEMOA.
O referido aumento, prosseguiu, será controlado enquanto que a inflação global, dissipado o aumento pontual de preços de importação, deverá regressar a meta da UEMOA em 2012.
Paulo Drummond de ainda nota positiva ao desempenho do governo no sector financeiro e anunciou que o Conselho de Administração do FMI vai analisar, no mês de Maio, o resultado da segunda avaliação do desempenho económico, no quadro do desembolso do seu próximo crédito na ordem de 3,6 milhões de dólares.
O chefe da missão anunciou a reabertura do escritório do FMI no país, seguido da nomeação dum economista aqui residente, como forma de marcar mais presença desta instituição financeira na Guiné-Bissau.
Feliz com elogios do FMI no tocante a performance da economia guineense, o Ministro das Finanças prometeu continuar a trabalhar nesse sentido e reconheceu, contudo, que a situação fiscal do país continuar ainda “muito frágil”.
“Isto, apesar dos esforços a nível das direcções gerais das Alfândegas e das Contribuições e Impostos em aumentar as suas receitas diárias”, lamentou José Mário Vaz (JOMAV).
JOMAV alertou que o maior problema do país está ligado ao aumento considerável das suas despesas, facto que segundo o ministro, exige medidas apropriadas, para evitar que a Guiné-Bissau caia numa derrapagem financeira.
A título de exemplo, referiu o subsídio do Estado ao combustível importado, que permitiu com que este produto seja comercializado num preço mais barato do que o que verifica em países como Senegal, Gâmbia e Guiné-Conakry.
Em consequência disso, existe grande procura de hidrocarbonetos, no território guineense, por parte de cidadãos senegaleses, sobretudo os habitantes de Zeguinchor.
“Os subsídios disponibilizado pelas autoridades aos bens da primeira necessidade importados, nomeadamente, arroz, farinha, óleo, farinha e sabão, avaliado em 2 biliões de Francos CFA/ano, enriquece cada vez mais os empresários estrangeiros em detrimento dos nacionais e consequentemente, não estimula o aumento da produção a nível interno”, notou o Ministro das Finanças.
Sem esclarecer se vai ou não cortar estes apoios Estatais, Mário Vaz criticou a medida, chamando-a de “injusta”, sobretudo pelo Estado estar a suportar os referidos encargos.
Outro problema que mereceu a sua atenção está ligado as despesas não orçamentadas feitas nas áreas da saúde e da educação, para a equiparação das forças de segurança aos militares e as que estão ligadas com representação e viagens dos titulares de órgãos públicos e magistrados.
Também na preocupação de consolidar as contas públicas, ou seja, garantir o equilíbrio entre as receitas e as despesas do estado, este governante advertiu que medidas vão ser tomadas em relação as isenções fiscais sobre as importações, feitas, sobretudo pelos organismos internacionais e corpos diplomáticos sediados no país.
Porque, segundo explicações dadas por JOMAV, a maior parte de materiais importados por estas organizações, podiam ser adquirida no país e, consequentemente, contribuir para o reforço da capitalização dos operadores económicos Nacionais.
ANG/José Augusto Mendonça
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