Rui Néné eleito vice- presidente do STJ
Bissau: 16. Jan. 2013 (ANG) - O Juiz Conselheiro Rui
Néné foi hoje eleito vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), com
12 votos a favor e dois contra do Conselheiro Fernando Té, num universo de
treze votantes entre juízes conselheiros e desembargadores.
Ao anunciar os resultados, o presidente da comissão
eleitoral explicou que estas eleições resultam da circunstância de ter havido
uma incompatibilidade no exercício cumulativo das funções de vice-presidente do
STJ com as funções de presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), cargos
aos quais Rui Nené haviam sido escolhido para exercer.
"Como se recordam, no 1º escrutínio o Conselheiro
Rui Néné foi simultaneamente eleito, vice-presidente do STJ e presidente da
CNE.
A este propósito, o Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ)
entendeu por bem, que não era compatível o exercício cumulativo das duas
funções", referiu Octávio Lopes.
De acordo com Octávio Lopes, depois do Conselheiro Rui
Néné ter tomado posse do cargo de presidente da CNE, o CSMJ entendeu-se
igualmente que esse acto equivalia a renúncia do cargo para o qual tinha sido
eleito no STJ e decidiu o Conselho marcar novas eleições para este mesmo cargo.
Questionado se caso a ANP voltar a insistir na escolha
de um Juiz Conselheiro para presidente da CNE, Octávio Lopes respondeu que o
CSMJ “é estranho a essa matéria”.
Na sua opinião, quanto a esta matéria, não cabe ao
CSMJ escolher o presidente da CNE e até a presente data aquele órgão não recebeu
nenhuma solicitação no sentido de se pronunciar sobre os criterios da pessoa para
ser presidente da CNE.
O acto do empossamento da nova direcção do STJ,
dirigida pelo Juiz Conselheiro, Paulo Sanhá está previsto, segundo Octávio
Lopes, para 23 do mês em curso.
Nas suas declarações, após conhecer os resultados, o
novo vice-presidente eleito considerou não ter havido vencedor nem vencido e
acrescentou que quem ganhou foi a própria instituição.
"Como sabem a direcção do STJ pauta mais no
exercício da área administrativa e
financeira e cada magistrado é presidente no seu gabinete e nos seus processos,
daí que considero o STJ como o grande vencedor", defendeu Rui Nené.
Rui Néné aproveitou para esclarecer que a sua decisão
de demitir-se do cargo de presidente da CNE, o qual havia sido indigitado pela
Assembleia Nacional, não está relacionado com eventuais pressões ou ameaças
que, como alguns sustentam, tenha sido alvo.
"Sou magistrado de carreira e a CNE é uma instituição
com carácter um pouco político. A partir daí, entendi que devo voltar para casa,
renunciando o cargo de presidente da CNE", informou a terminar.
ANG/ AMS
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