Banco Mundial exalta biodiversidade da Guiné-Bissau
Robane(Bubaque),
06 Fev 15 (ANG) – A Guiné-Bissau é um pais rico em recursos naturais e
biodiversidade, sendo isso caso único a nivel mundial, destaca um memorandum
economico do Banco Mundial (BM).
O
documento foi apresentado na sessão de abertura do encontro de trabalho entre o
governo guineense e as instituições financeiras internacionais que iniciou
quinta-feira em Robane, ilha de Bubaque, Sul da Guiné-Bissau.
Trata-se
de um documento que abrange 17 temas importantes para o pais, entre os quais a
pobreza, saude, agua, saneamento, energia e industria extractiva, entre outras,
e que fora compilado por mais de 30 funcionario e consultores do Banco Mundial.
“A
Guiné-Bissau é um pais com um enorme potencial” escreve o relatorio que
acrescenta que a instituição financeira da “Bretton Woods” estima em 3, 874
dolares per capita o total da riqueza guineense em recursos naturais.
Mas para
esta organização, ainda não foram criadas condiçoes para que o guineense possa
usufruir de tais riquezas.
“Houve
pouco investimento no capital humano e as fundações de um Estado moderno
tiveram que ser construidas passo a
passo”, espelha o memorandum do BM denominado de “Terra Ranka”.
O
documento refere que ao longo da sua história houve problemas que marcaram
negativamente o processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau, nomeadamente o
conflito de 1998, as alterações frequentes de governos, Golpes de Estado e
assassinios politicos.
O
relatorio salienta mesmo que a nivel mundial a Guiiné-Bissau ocupa a 2ª posiçao
no ranking dos paises com maior números de Golpes de Estado ou tentativa de
alterações da ordem constitucional.
No
entanto, defende o mesmo documento que o pais precisa apenas de paz e
estabilidade para poder construir as suas instituições. Cita como exemplo, o
periodo entre 2009 e 2012, em que se confirmou a importancia da estabilidade
governativa então registada.
Sublinha
o BM que naquela altura houve espaço para investimentos nas instituições do
Estado, infra-estruturas e no capital humano, obtendo assim progresso num
conjunto de desenvolvimento humano e os parceirios desponibilizaram-se em dar o
seu apoio.
Os
acontecimentos de Abril de 2012, foram um retrocesso neste processo, escreve o
BM que, apesar de tudo, qualifica os mesmos de “percalço no caminho” para um
futuro melhor do pais.
“A
Guiné-Bissau precisa de estabilidade e um certo sentido de responsabilidade
colectiva para poder avançar”, aconselha o memorandum que evoca ainda a vontade
politica e apoio dos parceiros como factores necessarios ao seu progresso.
Assim,
o grupo do BM manifesta-se pronto em trabalhar com o executivo e proporcionar
os apoios necessarios por acreditar na capacidade do pais de tomar as melhores
decisões em benefício da sua população.
O BM
espera que do encontro de Robane se possa chegar a um entendimento com o
governo sobre os desafios e oportunidades de desenvolvimento do pais, as prioridades e estabelecer , os mecanismo
de implementação e coordenação adequados a adoptar, entre outros.
“Portanto,
este não é apenas discussão sobre o que fazer, mas também como fazer, quem vai
fazer o quê e quando”, lê-se no memorandum.
José A.
Mendonça (enviado especial da ANG)
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