segunda-feira, 4 de maio de 2015


Liberdade de Imprensa

Assassinato constitui maior censura ao Jornalismo

Riga, Letónia, 04 Mai 15 (ANG) – Pelo menos 593 profissionais dos media foram assassinados entre 2006 e 2013 em todo o mundo, revela a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa que decorreu em Riga, Capital da Letónia, país que este ano assegura a presidência da União Europeia.

Do número de mortes supracitado, apenas 39 casos foram traduzidos a justiça e aos seus autores sido aplicado penas correspondentes.

Segundo estatísticas da UNESCO todo o  resto ficou no silencio da impunidade até agora.

Apesar do elevado número de casos, comparativamente às outras regiões do mundo, o continente Africano se situa na segunda melhor posição no que se refere aos assassínios de  profissionais dos media, pois durante os sete anos referidos registaram-se 76 assassinatos, dos quais apenas 2 acabaram na condenação dos seus autores.

Os Estados Árabes bateram todos os recordes em termos de profissionais abatidos no exercício das suas actividades, ou seja, morreram 190 agentes dos media, sem que nenhum dos casos tivesse sido clarificado e encaminhado para o foro judicial.

Segue-se o continente asiático com 179 mortos, dos quais apenas 12 foram resolvidos, a América latina com  123, sendo que 13 julgados e condenados e, finalmente, a Europa e América do Norte com 10 dos 25 homicídios dos `escribas tratados pela justiça.

Com a morte de um jornalista morre a opinião da sociedade, deplorou na altura a Directora da Unesco, Irina Bukova que advertiu que a indiferença diante desta onda de matança contra jornalistas faz aumentar a impunidade.

Que Prospere o Jornalismo, para uma Melhor Informação, Mais Igualdade de Género e Maior Segurança nos Meios de Comunicação Social na Era Digital é o lema escolhido este ano para celebrar o dia Mundial de Liberdade de Imprensa.

O evento foi organizado conjuntamente pela UNESCO e pelo governo da Letónia e nele participaram organizações como a Federação internacional de Jornalistas, Media Fundação, Repórteres Sem Fronteira, Fórum Global para o Desenvolvimento dos media e a Federação dos Jornalistas da Europa entre outras. ANG

Do enviado especial da ANG, José Augusto Mendonça

  

 

 

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