Prolongada missão do UNIOGBIS para mais um ano
Bissau, 18 Fev 16 (ANG) - A ONU prolongou a missão do seu Escritório Integrado para Consolidação de Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) para mais um ano.
A informação foi avançada pela Rádio Jovem que cita o representante especial da ONU para Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, que esteve quarta-feira na reunião de Conselho de Segurança realizada em nova York, nos Estados Unidos de América, onde apresentou o relatório sobre a situação política vigente no país.
Trovoada disse que a situação da Guiné-Bissau é
preocupante e que por isso é necessária a renovação do mandato da missão da UNIOGBIS que termina no próximo mês de Março.
"Reconheço ainda o importante papel da ECOMIB e por isso peço aos Estados membros que continuem a prestar à CEDEAO a assistência financeira que lhe permita continuar a desenvolver a sua missão militar na Guiné-Bissau", pediu.
Por sua vez, o embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, António Patriota, que preside ao Grupo de Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz na ONU, pediu aos membros do Conselho de Segurança que financiem a missão de paz da África Ocidental no país.
"Acreditamos que é de extrema importante que o Conselho de Segurança apoie a continuidade da missão militar da CEDEAO além do fim do seu mandato, em Junho. Peço aos membros deste Conselho e outros países que garantam suficiente apoio político e financeiro para a extensão da ECOMIB", disse Patriota.
Sublinhou que a ECOMIB é a força de manutenção de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, que tem tido problemas de financiamento.
"O falhanço da classe política em alcançar um consenso em determinados assuntos que colocariam a Guiné-Bissau no caminho da estabilidade gerou um indesejado e longo período de incerteza", disse o diplomata brasileiro.
Patriota declarou ainda que a situação "é igualmente decepcionante e lamentável uma vez que as condições de estabilidade no país forçaram os parceiros internacionais a adiar consideráveis ajudas financeiras que foram prometidas na conferência de parceiros".
António Patriota considerou de desanimador ver que o entusiasmo conseguido no ano passado está a perder vapor.
Sublinhou que a instabilidade política ainda "não se traduziu em violência nas ruas" e que as Forças Armadas têm respeitado e mantido a ordem constitucional.
O diplomata defendeu que as dificuldades de governação não devem impedir o país de avançar com oportunidades “cruciais” de desenvolvimento e que para acelerar o processo, o Grupo de Contacto Internacional para a Guiné-Bissau deve reunir-se em breve.
ANG/AALS/ÂC/SG
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