Instituto
da Mulher e Criança alerta para aumento da prática de “turismo sexual” nas
zonas insulares
Bissau, 19 Fev 16 (ANG) – A Presidente do Instituto de
Mulher e Criança (IMC) alertou hoje para o aumento da prática de “turismo
sexual” nas ilhas da Guiné-Bissau com abrangência, na sua maioria, de adolescentes
e crianças na faixa etária dos 12 anos.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné – ANG, Ana
Emília de Barros Sá, disse estar preocupada com este fenômeno que devido a sua
dimensão se tornou numa questão de comercio sexual naquela zona insular do
país.
Aquela responsável explicou que o “turismo sexual”,
que não constitui um fenômeno novo na
zona das ilhas, tem-se acrescido consideravelmente.
Barros Sá declarou que há muitos anos que o IMC tem
trabalhado no sentido de estancar o alastramento deste fenômeno.
No entanto, afirmou que os serviços de vigilância ao
nível das zonas insulares não são constantes devido a falta de meios de que
padecem, situação que condiciona ao aliciamento dos elementos de segurança na
zona.
“Sempre recebemos apoios do Unicef em colaboração dom
o Ministério do Turismo para os nossos trabalhos no terreno”, afirmou.
A Presidente do IMC disse que a intensificação do
combate à este fenômeno será possível com a elaboração, validação e divulgação dos
trabalhos da Política Nacional de Infância e do Código de Conduta ao nível do
Sector Autónomo de Bissau e nas regiões do país.
“Já contactamos alguns parceiros internacionais no
sentido de nos apoiarem na elaboração dos referidos documentos, importantes
para a garantia do bem-estar das crianças guineenses”, contou.
Indagada sobre a situação da violação dos direitos das
crianças que muito se tem denunciado no país, Emília de Barros disse que têm
empreendido esforços para assistência às victimas apesar da falta de meios por
parte do IMC.
Em 2013 o então Coordenador do Grupo Parlamentar
Britânico teria lançado uma alerta sobre o turismo sexual e tráfico humano na
Guiné-Bissau.
ANG/FGS/ÂC/SG
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