Primeiro-ministro visita
zonas de cultivo e criação de gado e garante apoio material
Bissau, 22 Fev 16 (ANG) - A materialização do programa
denominado "Terra Ranka", de apoio a produção agrícola no seio das
Forcas Armadas da Guiné-Bissau vai contribuir para a criação de mais riqueza no
pais, estimou este fim-de-semana o Primeiro-ministro.
Carlos Correia, ladeado da Ministra da Defesa e do Chefe
de Estado Maior General das Forcas Armadas falava no final de uma digressão aos campos agro industrial de Salato (Oio),
agro-pecuário de Fa-Mandinga e de Bidingana Nhasse (Leste) e o centro avisuino
de Ilonde (Biombo).
Para isso, prosseguiu o PM, o executivo vai
disponibilizar todo o apoio político e material possíveis com vista a materialização,
ainda este ano, do referido programa, inclusive promovendo campanhas de
sensibilização junto da comunidade internacional para a mobilização de fundos necessários.
Dirigindo-se ao Chefe de Estado-maior General das Forças
Armadas, Biague Na N’tam, na qualidade do responsável pela execução do plano,
Carlos Correia encorajou-o pala iniciativa de orientar os militares para a produção agrícola e disse que com a concretização
do projecto, o país poderá atingir a auto-suficiência alimentar.
Elogiou o facto desta iniciativa contemplar a componente formação, que classificou de
"extremamente importante", sobretudo no seio dos jovens militares,
que ao concluírem o serviço militar poderão retomar a sua vida civil já dotados
de conhecimentos que os ajudarão a inserir-se no mercado de trabalho .
Orçado em mais de 5.5 mil milhões de francos CFA, dos
quais o executivo terá que entrar com uma contrapartida de mais de mil milhões,
o denominado projecto "Batalha de Komo", que se enquadra na visão
estratégica operacional "Terra Ranka", inclui componentes de produção
agro-industrial das Forcas Armadas, projectos agrícola a favor dos jovens e também
um outro a favor das mulheres horticultoras.
A ministra de Defesa, Adiato Djalo Nandigna afirmou que
estão reunidas todas as condições para o sucesso do programa, uma vez que
existem campos disponíveis para a produção dos militares e, sobretudo, vontade que os anima e que ficou patente na
visita.
A ministra advogou
para a necessidade de se reunir os meios , o mais rápido possível, por forma a
pôr termo a fome e pobreza e promover o desenvolvimento sustentável do pais.
Criado em 1979, o espaço de produção de Salato, numa área
de 10 mil hectares, produz cana-de-açúcar, mandioca, citrinos, bananas e
ananás, além de milho e abóbora. Em relação a Fa-Mandinga, pretende-se
transformá-lo num centro de formação de antigos combatentes que seräo desmobilizados
no âmbito das reformas no sector da defesa e segurança.
As FA,s pretendem cobrir os 500 hectares de bolanha de Bidingana Nhasse com a produção de cereais, nomeadamente arroz, ao mesmo tempo
que pensam retomar a produção de aves, suínos e lebres, no Centro Avisuino de
Ilonde.
ANG/JAM/SG
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