Coordenador afirma que é urgente intervenção da ONU no
país para se evitar o pior
Bissau, 06 Out 16 (ANG) – O Coordenador do
Movimento Voz dos Cidadãos do Mundo (MVCM), voltou a pedir a ajuda das Nações
Unidas ao país, alegando que os guineenses, sozinhos, não serão capaz de chegar a um consenso para estabilizar e
desenvolver a Guiné-Bissau.
Antônio Goia |
António da Goia que falava
hoje numa conferência de imprensa na entrada principal do maior mercado de
Bissau, por ocasião do 1º aniversário do Movimento, disse que é urgente a
intervenção da ONU no país, antes que a situação vigente se transforme em
conflito armado como o que ocorreu em 2008.
“Não é bom que a
Guiné-Bissau volte a entrar num novo conflito armado. Por isso estamos a pedir
a gestão ou co-gestão das Nações Unidas”, exortou.
António Goia
sublinhou que a recente proposta da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental(CEDEAO), e que foi assinada pelas partes em diferendo representa uma forma de monitoramento por parte desta
organização sub-regional o que a ONU podia igualmente fazer.
O Coordenador do
MVCM, lembrou que as ajudas que o país recebe são provenientes de impostos de
cidadãos de outros países, salientado que em vez de servirem para a construção
de escolas, hospitais, os governantes utilizam-nas nas compras dos seus carros
e casa de luxo deixando o povo na extrema pobreza.
Para o activista, no
século XXI quem não conseguir ter paz, estabilidade, justiça, reconciliação e
perdão é porque está fora do comboio de desenvolvimento.
Segundo Goia, a
Guiné-Bissau está no mesmo patamar com os piores países do mundo em termos de
Desenvolvimento Humano, como o Sudão do Sul, República Centro Africana, Somália
e Burundi.
“Não podemos comparar
hoje em dia a Guiné-Bissau com Cabo-Verde, Senegal e nem mesmo a Guiné-Conacri,
porque, apesar de as pessoas dizerem que são desorganizados como nós, conseguem
cumprir com os ciclos eleitorais, ao contrário da Guiné-Bissau” esclareceu.
Perguntado sobre qual
será o próximo passo da organização depois de um ano de sua existência, António
da Goia disse que o povo guineense tem um lenço negro amarado na cara e a sua
juventude está perdido com futuro incerto.
O activista disse que
já chegou o momento de os guineenses saírem a rua para exigirem os governantes
a abandonarem as funções que estão a exercer porque, segundo ele, não estão à
altura das funções que o povo os confiou, tendo frisado que é triste quando um
país não possuir uma juventude capaz de mudar o paradigma do que vai mal.
“Uma sociedade que
está em conformismo é uma sociedade que não serve e o país está doente e deve
reconhecer a sua situação para que possa ser sarado esta enfermidade caduca que
nos afecta à todos “realçou António da Goia.
ANG/MSC/SG
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