Bissau,
09 Mar 17 (ANG) - Os líderes políticos da Guiné-Bissau actualmente desavindos
devem viajar esta sexta-feira para a Guiné-Conacri onde, sob a égide do
Presidente daquele país, Alpha Condé, vão tentar encontrar um novo entendimento
para acabar com a crise no país.
Fontes
partidárias e da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO),
contactadas pela agência Lusa, em
Bissau, indicaram que a ida à capital da Guiné-Conacri foi proposta pelo
enviado especial do Presidente Alpha Condé e aceite pelos signatários do Acordo
de Conacri.
O
acordo em questão é um instrumento patrocinado pelos chefes do Estado da CEDEAO
como solução para terminar com o impasse que se regista na Guiné-Bissau há mais
de ano e meio, com o bloqueio das instituições da República devido às
desavenças entre a classe política.
O
Acordo de Conacri foi rubricado em Outubro passado e visava a formação de um
governo de consenso entre os atores políticos, liderado por um
primeiro-ministro aprovado por todos e que fosse de confiança do chefe do
Estado.
Quatro
dos cinco partidos representados no Parlamento acusam o Presidente guineense de
ter nomeado Umaro Sissoco Embaló primeiro-ministro sem consenso, recusaram-se a
integrar o governo e agora pedem a sua demissão.
Para
entregar uma mensagem ao seu homologo guineense, José Mário Vaz, o Presidente
Condé enviou quarta-feira à Bissau, Nabi Bangura, ministro de Estado e
secretário-geral da Presidência, que manteve vários encontros com os líderes
políticos da Guiné-Bissau e elementos da comunidade internacional.
A
todos disse ter reforçado a determinação do Presidente Alpha Condé, mediador da
crise guineense em nome da CEDEAO, para a busca do consenso que possa acabar
com o impasse no país.
Segundo
Nabi Bangura, toda comunidade internacional se revê no Acordo de Conacri como
solução para crise na Guiné-Bissau e que o Presidente José Mário Vaz
garantiu-lhe que se vai empenhar pessoalmente para a procura de um melhor
entendimento entre as partes em conflito.
ANG/Inforpress/Lusa
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