“Pena de morte
será abolida, mas sem pressa”, diz Presidente Obiang
Bissau, 16 abr 19 (ANG) - Teodoro Obiang garante que a abolição
da pena de morte será aprovada em breve pelo Parlamento, mas ressalva que “não é preciso pressa".
O homem forte de Malabo encontra-se numa visita oficial a Cabo
Verde.
“Não podemos actuar com pressa, temos de actuar
dentro de um processo político que satisfaça as duas partes”, disse Obiang
Teodoro Obiang encontra-se numa deslocação de três dias a Cabo
Verde. O Presidente da Guiné Equatorial foi segunda-feira recebido pelo
homólogo cabo-verdiano. Jorge Carlos Fonseca assegurou que todas as temáticas
serão abordadas com o homem forte de Malabo.
No final da cerimónia de acolhimento oficial que decorreu no
Aeroporto Nelson Mandela, na cidade da Praia, em declarações aos jornalistas,
Jorge Carlos Fonseca assegurou que “tudo será abordado” com Teodoro Obiang.
Questionado se os direitos humanos serão um dos temas, Jorge Carlos Fonseca respondeu “naturalmente”.
Questionado se os direitos humanos serão um dos temas, Jorge Carlos Fonseca respondeu “naturalmente”.
“Vamos ter um diálogo
político a dois, entre os dois chefes de Estado e, portanto, esse é o espaço
mais adequado para falarmos com mais tranquilidade, abertura e com toda a
frontalidade. Tudo será abordado. Iremos conversar sobre tudo o que interessa
às relações Cabo Verde - Guiné Equatorial, mas também ao nosso relacionamento
no quadro da União Africana e CPLP”, sublinhou o líder
cabo-verdiano.
A abolição da pena de morte foi uma das exigências do roteiro de
entrada da Guiné Equatorial na CPLP (Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa), mas até ao momento, no país vigora apenas uma moratória.
Nesta deslocação de três dias de Teodoro Obiang ao arquipélago
cabo-verdiano está ainda previsto a assinatura de “alguns acordos, nomeadamente
de protecção e promoção recíproca de investimentos, para prevenir a evasão
fiscal e supressão de vistos”.
Teodoro Obiang é o presidente africano há mais anos no poder.
Governa desde 1979. O regime de Malabo é acusado de constantes violações dos
direitos humanos e perseguição a opositores. ANG/RFI
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