Economia mundial/
Banco Mundial disponibiliza até USD 160
bilhões em apoio à mais de 100 países
Bissau,
07 Jan 21 (ANG) – O Grupo Banco Mundial está a disponibilizar até USD 160 bilhões para um período de 15 meses
que termina em junho de 2021 para ajudar mais de 100 países a protegerem os
pobres e vulneráveis, apoiar empresas e sustentar a retoma da economia, revela uma publicação da organização(Perspectivas
Económicas Mundiais), de Janeiro corrente, enviada à ANG.
Segundo
a publicação, desse total, US$ 50 bilhões são novos recursos da AID na forma de
doações e empréstimos em condições altamente concessionais e USD 12 bilhões são para os países em
desenvolvimento financiarem a compra e distribuição de vacinas
contra a COVID-19.
“A pandemia exacerbou, em grande medida, os riscos de endividamento nas
economias de mercado emergente e em desenvolvimento; as perspectivas de
crescimento fraco deverão provavelmente aumentar ainda mais o ônus da dívida e
erodir a capacidade de serviço da dívida dos mutuários”, disse o Vice-Presidente interino do Banco Mundial
para o Crescimento Equitativo e Instituições Financeiras, Ayhan Kose,
que acrescenta:
“A
comunidade global precisa agir rápido e com vigor para assegurar que a
acumulação recente da dívida não desencadeie uma série de crises de dívida. Os
países em desenvolvimento não podem se dar ao luxo de passar por outra década
perdida.”
Por seu lado, o Presidente do Banco Mundial, David Malpass recomenda às
autoridades a facilitação do ciclo de
reinvestimento voltado para o crescimento sustentável menos dependente
da vida pública.
.“Embora a economia mundial pareça ter entrado em um período de
recuperação moderada, os formuladores de políticas públicas enfrentam desafios
tremendos — em termos de saúde pública, gestão da dívida, políticas
orçamentárias, banco central e reformas estruturais — ao tentar garantir que esta
recuperação global ainda frágil ganhe força e estabeleça a base para o
crescimento robusto”, afirma Malpass.
O Banco
Mundial alerta que, assim como outras crises sérias no passado, a pandemia
deverá deixar efeitos adversos duradouros na atividade econômica mundial, e que
possa agravar a desaceleração do crescimento global projetado para as próximas
décadas, devido ao subinvestimento, subemprego e reduções da força de trabalho
em muitas economias avançadas.
A julgar pela
história, segundo a publicação, a economia mundial caminha para uma década de
decepções em termos de crescimento, se os formuladores de políticas públicas
não implementarem reformas abrangentes para melhorar os fatores fundamentais do
crescimento econômico sustentável e equitativo.
“Os
formuladores de políticas públicas precisam continuar a sustentar a
recuperação, passando gradualmente de políticas de apoio à renda para políticas
de ampliação do crescimento”, refere o Banco Mundial.
Esta
organização de Breton Woods admite que a longo prazo, nas economias de mercado
emergente e em desenvolvimento, políticas para melhorar os serviços de saúde e
educação, a infraestrutura digital, a resiliência ao clima e as práticas de
negócios e governança irão ajudar a mitigar os danos econômicos causados pela
pandemia, reduzir a pobreza e avançar a prosperidade compartilhada.
Sustenta que
no contexto de posições fiscais fracas e endividamento elevado, as reformas
institucionais para promover o crescimento orgânico são particularmente
importantes. ANG/BM
.
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