Reconhecimento/Presidente da
República inaugura Avenida com o nome do ex-Presidente Kumba Yalá
Bissau,06 Abr 21(ANG) - O presidente Umaro Sissoco Embaló inaugurou no Domingo, em Bissau, uma avenida com cinco quilómetros, em homenagem ao falecido presidente guineense Kumba Ialá, que considerou ter sido "um homem humilde, honesto e coerente".
A avenida Kumba Ialá vai do
cruzamento que liga os bairros de São Paulo e Enterramento, junto ao palácio do
Governo, até ao prédio dos Combatentes da Liberdade da Pátria, no bairro de
Plubá.
Perante o primeiro-ministro,
Nuno Nabiam e Elisabete Ialá, viúva de Kumba Ialá, e de várias personalidades
guineenses, Umaro Sissoco Embalo defendeu que a atribuição do nome de uma
avenida ao falecido presidente "é o reconhecimento pelo seu papel na
afirmação da democracia" na Guiné-Bissau.
Sissoco Embaló afirmou ser
um adepto do estilo político de Ialá, de quem, disse ter copiado a forma de fazer campanha eleitoral.
"Fiz a minha campanha
em 2019 inspirado um pouco no Kumba Ialá ", disse Embaló, salientando que
aquele era um defensor da democracia, da soberania nacional, mas sempre com
princípios.
O presidente guineense
elogiou ainda a postura de Kumba Ialá, para salientar que "nunca falou mal
da Guiné-Bissau no estrangeiro, mesmo quando esteve exilado em Marrocos, depois
de ter sido derrubado por um golpe militar".
Kumba Ialá chegou a
presidente da Guiné-Bissau em fevereiro de 2000 e, em setembro de 2003 foi
afastado pelos militares.
Umaro Sissoco Embaló lembrou
que Kumba Ialá é o político eleito com maior número de votos dos guineenses,
72%, e diz que nos próximos 30 anos tem dúvidas se haverá algo semelhante.
"Aquela votação",
notou Embalo, "contou com a maioria dos guineenses, independentemente da
pertença étnica", disse.
"Temos de evitar o
sectarismo étnico, trabalhar para manter a coesão nacional, como fez Kumba
Ialá", sublinhou o presidente guineense.
Kumba Ialá morreu, em
Bissau, aos 61 anos, segundo fontes médicas após uma crise cardíaca, no dia 04
de abril de 2014, quando faltavam 10 dias para as eleições presidenciais,
andando em campanha a favor de Nuno Nabiam, atual primeiro-ministro guineense.
Ialá foi um dos fundadores
do Partido da Renovação Social (PRS) em relação ao qual mantinha uma certa
distância à altura da sua morte.ANG/Lusa
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