África do Sul/Presidente Ramaphosa pede investigação a fuga de gás que fez 17 mortos
Bissau, 06 Jul 23 (ANG) - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, manifestou hoje a sua "profunda tristeza" pela perda de 17 "vidas inocentes" decorrente de uma fuga de gás em Boksburg, nos arredores de Joanesburgo, e quer uma investigação do
acidente.As
autoridades sul-africanas actualizaram hoje para 17 o número de pessoas mortas,
incluindo três crianças, em resultado de uma fuga de gás no assentamento
informal de Angelo, cidade situada a cerca de 30 quilómetros a leste de
Joanesburgo.
Ramaphosa
manifestou-se "triste" com a "devastadora e trágica perda de
vidas inocentes no assentamento informal de Angelo, em Boksburg", numa
nota emitida pela Presidência sul-africana, em que "instou" ainda a
que se "investigue o que poderá ter causado este acidente para evitar
catástrofes semelhantes no futuro".
O
chefe do governo provincial de Gauteng, onde se situa a zona do assentamento,
Panyaza Lesufi, confirmou hoje, a partir do local da tragédia, que 17 pessoas
morreram, depois de uma pessoa ter falecido no hospital.
"Há
uma pessoa que infelizmente morreu", afirmou Lesufi em declarações aos
jornalistas, referindo-se às vítimas hospitalizadas.
"As
que estão no hospital são onze. Estes são os números que obtive esta
manhã", acrescentou.
No
início do dia, o porta-voz dos Serviços de Gestão de Catástrofes e Emergências
da Cidade de Ekurhuleni, município de que Boksburg faz parte, William Ntladi,
tinha informado que 16 pessoas tinham morrido.
"Posso
confirmar que houve envenenamento por gás. Foi encontrada uma botija de óxido
nitroso no local", afirmou Ntladi, em declarações divulgadas pelos meios
de comunicação social locais.
Além
dos mortos, segundo o porta-voz, outras vítimas foram "reanimadas após a
intervenção dos paramédicos" e levadas para o hospital.
"As pessoas internadas no hospital são 16 no total, das quais quatro estão
em estado crítico e 11 outras estão em estado grave mas estável. Um foi
admitido em estado de consciência plena", acrescentou.
Segundo
os meios de comunicação social locais, as vítimas poderão ser mineiros
irregulares que utilizam óxido de nitrato para extrair ouro das jazidas da
zona.
"Esta
exploração ilegal está fora de controlo", reconheceu Lesufi.
"A
equipa de emergência e a unidade forense trabalharam durante toda a noite (e)
vasculharam a zona. Também mobilizámos os nossos helicópteros para garantir que
toda a área é vasculhada e que não nos escapa nada", acrescentou a mesma
fonte. ANG/Angop
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