Níger/Regime militar classifica sanções da CEDEAO de “ilegais e desumanas”
Bissau,
14 Ago 23(ANG) – Os militares que fizeram o golpe de Estado em julho no Níger dizem
que as sanções da CEDEAO são “ilegais, desumanas e humilhantes”.
Abdramane
disse que as sanções impostas devido ao afastamento do Presidente eleito
Mohamed Bazoum “chegam a privar o país de produtos farmacêuticos, alimentares”
e do fornecimento de energia elétrica”.
No
mesmo comunicado, o major coronel disse que o regime militar quer processar
Bazoum “e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e
atentado à segurança interna e externa do Níger”.
O
golpe de Estado no Níger de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado
Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação, que anunciou a destituição do
Presidente e a suspensão da Constituição.
Os
militares justificaram o golpe com a “contínua deterioração da situação de
segurança e má gestão económica e social” e sublinharam que “todas as
instituições” da república estão suspensas.
O
golpe foi condenado pela maioria da comunidade internacional.
Em 30
de julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar
financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar
a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.
No
domingo, a junta militar no poder no Níger manifestou vontade de conversar com
CEDEAO.
“A
junta militar do Níger quer iniciar conversações com a CEDEAO para resolver a
crise que o país atravessa e levantar as sanções que lhe são impostas”, disse à
agência de notícias espanhola EFE o xeque Abdul Rahman Ahmad, imã chefe da
Ansar Ud Society da Nigéria, uma organização muçulmana. ANG/Inforpress/Lusa
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