quarta-feira, 18 de dezembro de 2024


                      Angola
/ João Lourenço reabre caminho para bicefalia

Bissau, 18 Dez 24 (ANG) – Os trabalhos do congresso extraordinário do MPLA terminaram terça-feira(17), em Luanda, com a aprovação da proposta de revisão dos estatutos que permite ao Presidente João Lourenço voltar a ser candidato à liderança do partido em 2026.

Apesar de divergências internas, sobre a revisão estatutária, protagonizada por dirigentes históricos do partido, a revisão dos estatutos do MPLA foi aprovada pelo congresso. A aprovação dos estatutos permite ao Presidente João Lourenço de voltar a ser candidato à liderança do partido em 2026.

O ajuste ao artigo 120º sobre a Designação do Candidato a Presidente e vice-Presidente da República foi aprovado no VIII congresso extraordinário do MPLA. A aprovação dos estatutos permite ao Presidente João Lourenço de voltar a ser candidato à liderança do partido em 2026.

João Lourenço assumiu a liderança do partido em substituição do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, num congresso extraordinário que introduziu o limite de mandatos do líder do partido, evitando a bicefalia política.

Até agora, o presidente do MPLA ao terminar os dois mandatos como chefe de Estado - não renováveis de acordo com a Constituição- também não devia continuar como presidente do partido, permitindo assim novas candidaturas.

João Lourenço, que termina o segundo mandato presidencial em 2027, volta a abrir a possibilidade da bicefalia política. Esta decisão já foi criticada por alguns dirigentes do partido que a consideram um retrocesso à democratização interna do partido.

Ainda de acordo com as conclusões do congresso do MPLA, a revisão dos estatutos aprovada prevê que os candidatos a Presidente e a Vice-Presidente da República passem a ser designados pelo Comité Central do partido sob proposta do Bureau Político.

Entretanto, numa reunião extraordinária realizada , depois do encerramento do congresso, o Comité Central aprovou a proposta da nova Vice-Presidente do partido, Mara Quiosa, e o reajustamento do Bureau Político e Secretariado Executivo.ANG/RFI

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