Moçambique/Prisioneiros fogem da cadeia
de máxima segurança em Maputo
Bissau, 26 Dez 24 (ANG) - O secretário permanente do
Ministério da Justiça de Moçambique avançou na quarta-feira,(25), que após uma
rebelião, um número ainda não determinado de prisioneiros fugiu da cadeia de
máxima segurança em Maputo.
Um número ainda não determinado de prisioneiros fugiu da cadeia
de máxima segurança em Maputo. A notícia foi confirmada à agência de notícias
Lusa pelo secretário permanente do Ministério da Justiça de Moçambique.
Nas redes sociais, a ONG Centro para Democracia e
Desenvolvimento de Moçambique publicou vários vídeos onde ser veem centenas de
prisioneiros na rua, alguns ainda com algemas, que escaparam da cadeia de
máxima segurança de Maputo.
A agência de notícias Lusa refere que o Estabelecimento
Penitenciário de Máxima Segurança de Maputo, a pouco mais de 14 quilómetros da
capital, tem mais de três mil reclusos, na ala de segurança
máxima, prisioneiros condenados e suspeitos de crimes graves, nomeadamente
homicídios, de acordo com dados do Ministério moçambicano da Justiça.
O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou Daniel Chapo,
candidato da Frelimo, como vencedor da eleição a Presidente da República, com
65,17%.
O anúncio reacendeu a onda de protestos no país, com os
apoiantes de Venâncio Mondlane - que obteve apenas 24% dos votos, segundo o
Conselho Constitucional – a confrontarem-se com a polícia.
Em dois dias de protestos, pelo menos 56 pessoas morreram e 152
foram baleadas. Os dados foram avançados esta quarta-feira, 24 de Dezembro,
pela plataforma eleitoral – Decide- e contradizem os números do ministro
moçambicano do Interior, Pascoal Ronda, que fala em 21 mortos.
“Foram registados
236 atos de violência grave, em todo o território nacional, que tiveram como
consequências 21 óbitos, entre as vítimas estão 2 membros da polícia, 25
feridos, sendo 13 civis e 12 membros da polícia”, disse.
O ministro moçambicano do Interior garante que todos os
envolvidos nos atos de vandalização - infraestruturas públicas, privadas e
pilhagens em estabelecimentos comerciais, serão responsabilizados.
“Foi aberta uma
investigação rigorosa para identificar não apenas os autores materiais, mas
também os autores morais que organizam os atos violentos”, explica.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane alertou que se
avizinham “dias difíceis” para
os moçambicanos, acrescentando que “ou a gente organiza o nosso país
agora ou então nada feito”.
Os resultados das eleições gerais moçambicanas mostram, ainda,
uma grande queda da Renamo, até agora maior partido da oposição. Ossufo Momade,
candidato presidencial da Resistência Nacional Moçambicana, ficou na terceira
posição com 6,62% dos votos. No parlamento, a Renamo passa a ser a terceira
força com 28 deputados.
Ossufo Momade, presidente da Renamo, fala “num retrocesso da democracia”, distancia-se dos resultados anunciados pelo Conselho
Constitucional e promete mobilizar a população para sair à rua pela verdade
eleitoral. Momade voltou a pedir "a anulação deste processo".
O candidato presidencial do MDM, Lutero Simango também não
reconhece os resultados do escrutínio que dão vitória à Frelimo e ao seu
candidato, Daniel Chapo. Simango ressalva que “Moçambique está em crise” e que a “anulação das eleições” “teria sido a decisão mais
acertada” para “um ambiente de paz”. ANG/RFI
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