CEDEAO/Presidente da Nigéria diz que a integração pode ajudar a ultrapassar os desafios da região
Bissau, 16 Dez 24
(ANG) – O Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental(CEDEAO), e da República Federativa da Nigéria disse que a integração
pode ajudar à ultrapassar os desafios da região e traçar um caminho para
garantir uma prosperidade partilhada.
"A força da
região da África Ocidental reside na nossa união, tal como disse Goam um dos
pais fundadores da CEDEAO, na altura de assinatura do tratado de Lagos que
criou a organização em 1975”, disse.
A 66ª Cimeira dos chefes de
Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), tem na agenda o debate de medidas
de combate à malária e para o reforço da organização interna.
Relativamente ao combate da malária, um
relatório de 2023 da Comissão da CEDEAO identifica a
África Ocidental, em especial a Guiné-Conacri e o Burkina Faso, como
pontos críticos para a venda de medicamentos falsificados.
De acordo com esse
relatório, importadores não autorizados destes dois países têm recorridos a laboratórios
legais e ilegais, na Índia para se disporem de medicamentos com ingredientes ativos reduzidos,
para baixar os custos.
Ainda no que diz respeito ao
estado atual no combate à malária na África Ocidental, a cimeira vai ter em
conta os últimos números que apresentam, designadamente, a Nigéria como o país
africano que em 2023 registou mais casos da doença (68.136.000) no continente
africano.
Os dados foram divulgados na
passada quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontou Cabo
Verde como um caso de sucesso no combate à malária na África Ocidental, razão
pela qual foi certificado como país livre da doença.
Quarta-feira, na preparação
dos trabalhos desta 66.ª cimeira ordinária da CEDEAO, em Abuja, onde a
organização tem a sede, o presidente da comissão, Omar Alieu Touray, salientou
que a entidade “continua empenhada em fazer avançar a agenda de integração e
desenvolvimento da África Ocidental”.
A unidade interna da CEDEAO
foi abalada com o anúncio de saída da organização pelo Mali, Burkina Faso e
Níger.
Os três países, governados
por juntas militares golpistas, adotaram, em julho, o tratado que formaliza a
Aliança dos Estados do Sahel (AES), uma coligação que anunciaram em 2023, antes
da sua saída da CEDEAO.
Esta aliança contém um pacto de defesa mútua para lutar contra os grupos fundamentalistas islâmicos presentes na região, na sequência do seu afastamento dos países ocidentais, que lhes prestavam assistência militar contra o terrorismo, e dos seus vizinhos do bloco da África Ocidental, que ameaçaram intervir militarmente na sequência do golpe de Estado no Níger em 2023.ANG/Lusa
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