Angola/Lourenço condena líderes africanos que agem contra interesses de Africa
Bissau, 31 Jan 25 (ANG) - O Presidente de Angola, João Lourenço, condenou hoje a "conduta reprovável" dos líderes africanos que põem de lado a solidariedade e irmandade, agindo contra os interesses de África e dos seus povos, e criando instabilidade e insegurança.
João Lourenço divulgou a
mensagem na sua página de uma rede social por ocasião da data comemorativa do
Dia da Paz e Reconciliação em África.
"Continuamos a observar, com muita tristeza, uma perigosa
tendência para pormos de lado, de forma ligeira, os valores da irmandade e da
solidariedade africana e agirmos contra os próprios interesses de África e dos
seus povos, criando fatores de instabilidade e de insegurança, por se descurar
a força e a importância do diálogo e das soluções diplomáticas como a única via
aceitável para dissipar tensões e evitar guerras que geram e agravam a pobreza,
associada à enorme massa de deslocados e refugiados que daí derivam",
salientou o chefe de Estado.
O Presidente angolano diz que os "maus exemplos desta
conduta reprovável em África" colocam os seus mentores nas páginas menos
gloriosas de África "como os promotores de tragédias humanas"
condenáveis.
Exortou assim as lideranças cujo envolvimento direto ou
indireto são capazes de fazer a diferença, "a trabalharem em prol da paz e
da reconciliação no continente africano", em particular no Leste da
República Democrática do Congo (RDCongo), o Sudão e a região do Sahel.
O chefe do executivo angolano tem agido como mediador entre o
Ruanda e a RDCongo nos esforços de pacificação do leste da RDCongo, onde o
conflito se intensificou nos últimos dias.
João Lourenço destaca que os "pais fundadores" do
nacionalismo africano lutaram por uma África unida e próspera, após
conquistarem a independência, vendo "com grande preocupação" que,
seis décadas depois do início da autodeterminação dos povos africanos, o
continente enfrente desafios complexos decorrentes em parte dos conflitos
armados.
Dirigindo-se aos seus "irmãos e irmãs africanos" o
chefe de Estado angolano apelou a uma reflexão sobre o caminho percorrido e os
desafios que continuam a enfrentar, para que se coloquem de lado as diferenças
e se construa um caminho que conduza à paz, à estabilidade e à segurança.ANG/Lusa
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