quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Campeonato/ defeso



Adeptos em Bigene espancam agentes de segurança

Bissau,28 Set 17 (ANG) – Os Adeptos da equipa de Malibulotó, tabanca de Talicó, no sector de Bigene zona norte do país espancaram quarta-feira dois agentes de segurança que mantinha a ordem durante o jogo com a equipa de Secina, para o campeonato de Defeso da zona 1.

Segundo a Rádio Sol Mansi, o presidente da comissão organizadora do campeonato, Carfa Sonco, explicou que tudo começou com uma reclamação dos adeptos de Malibulotó que acusaram o árbitro de estar a favorecer a equipa adversária, de seguida proferiram insultos aos organizadores do evento. 

De acordo com a responsável do centro de saúde de Bigene, Regaldina Pereira Martins, os agentes vitimas de agressão um teve fractura no crânio e outro no nariz.

Carfa Sonco disse que todas as equipas foram previamente avisadas que se houver necessidade deviam proceder a reclamação de maneira formal, mas não através de violência e muito menos com agressões, e neste caso concreto contra os agentes, um da ordem pública e outro da guarda nacional,
Esclareceu ainda que, estando a vencer por uma bola a zero, a equipa de Malibulotó respondeu com agressão contra o juiz e os agentes de segurança quando foi-lhes assinalado um penálti contra.

De acordo com este responsável, um cidadão foi igualmente brutalmente espancado quando tentou acalmar os ânimos aos adeptos exaltados.

A responsável do centro de saúde de Bigene disse que as vitimas já foram transportadas para o Hospital de Ingoré, devido a falta de condições de atendimento em Bigene.
Entretanto, a polícia local deteve todos os implicados na agressão.

ANG/JD/JAM
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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

PAIGC


Movimento para Instauração da Ordem e Disciplina  acusa governador de Gabu de ter tentado impedir comitiva do  partido chegar à Boé

Bissau, 27 Set 17 (ANG) – O Movimento para Instauração da Ordem e Disciplina(MIOD) no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) na pessoa de seu porta-voz denunciou hoje as iregularidades de que o partido foi vitima na caminhada para a celeberação do 24 de setembro, dia da independencia nacional, em Lugadjol, Madina Boé.

Em conferência de imprensa realizada hoje na sede dos libertadores,Pedro Vaz de Carvalho acusou   o Governador da região de Gabú de ter dado ordens  ao capitão da jangada do rio Tchetche para impedir os militantes do PAIGC  atravessarem para ir comemorar o Dia da independência, em Lugadjo,l sector de Boé.

Disse   que tanto a rampa como a jangada do rio Tchechi foram reconstruídas pelo Presidente do PAIGC, acrescentando que no entanto foram impedidos de atravessar, mas mesmo assim os militantes encontraram alternativas e atravessaram o rio  nadando juntamente com seus carros até a outra margem.

A Televisão da Guiné-Bissau (TGB) não escapou as críticas do porta-voz do MIOD, que disse que a reacção do sindicato de base é tardia porque já há mais de seis meses que estão lutando contra a censura. 

Pedro de Carvalho ainda insurgiu-se contra a ordem do Primeiro-ministro de prender quem insultasse o Chefe de Estado.

Sustentou que o govrnador da Região de Gabu que usou de pistola para impedir a realização de um jogo no ambito do torneio alusivo as comemorações de Setembro Vitorioso continua impune.

“Essas atitudes consequentes dos membros do governo, nunca foram mencionados pelo chefe do executivo nas suas declarações,” alegou.

ANG/JD/ÂC/SG





Infraestruturas


        Primeiro-ministro relança pedra para reconstrução do mercado central 

Bissau,27 Set 17 (ANG) – O Primeiro-ministro guineense Umaro Sissoco procedeu  hoje ao lançamento da pedra para a  conclusão das obras de reconstrução do mercado central, em Bissau , destruído pelo fogo há 11 anos.  
 
Na ocasião, segundo a RDN, o chefe do governo afirma que a reedificação do mercado não é um favor, mas sim um dever do executivo.

Umaro Sissoco prometeu que vai contratar fiscais paralelos para permitir que as obras termine no prazo acordado,  tendo solicitado a colaboração dos comerciantes em termos de fiscalização dos trabalhos para evitar eventuais desvios de materiais.

Segundo o  Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Baltazar Alves Cardoso, a empreitada tem um ano para concluir a reconstrução de três pisos, incluindo 415 cacifes.

A obra de reabilitação do mercado central foi financiada pelo Banco Mundial num montante de mil milhões e meio de francos CFA.

A reconstrução do mercado central, destruído durante a chamada guerra de 07 de Junho de 98, havia sido interrompida devido ao golpe militar de 2012.
ANG/LPG/ÂC/SG

Angola


Novo PR promete “importante frente de luta” contra a corrupção

Bissau, 27 Set 17 (ANG) - O novo Presidente angolano, João Lourenço, prometeu terça-feira que o combate ao crime económico e à corrupção será uma "importante frente de luta" e a "ter seriamente em conta" no mandato de cinco anos que agora inicia.

A posição foi assumida por João Lourenço na cerimónia oficial de investidura como novo chefe de Estado angolano, que decorreu  em Luanda, perante milhares de pessoas que assistiram igualmente à despedida de José Eduardo dos Santos, após 38 anos no poder.

"A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo direto na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto por isso todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para estripar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade", afirmou João Lourenço, perante uma forte ovação popular.

No primeiro discurso enquanto novo chefe de Estado angolano, João Lourenço traçou o objetivo de combater as desigualdades sociais ou a mortalidade infantil, prometendo que os "anseios e expectativas dos cidadãos" vão constar "permanentemente" da agenda do executivo e que vai regularmente "auscultar" a população.

"O nosso lema será renovação e transformação na continuidade. Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal", sublinhou.

Controlar a taxa de inflação - numa altura em que o país permanece mergulhado numa forte crise económica, financeira e cambial - aplicando "regras rígidas" de política cambial e fiscal, com uma "atenção" virada igualmente à banca para garantir a "credibilidade internacional", foram outras promessas deixadas por João Lourenço no discurso de investidura, ao qual assistiu o Presidente cessante, José Eduardo dos Santos.

A reforma do Estado entra igualmente nas prioridades do novo Governo angolano, para "permitir o desenvolvimento harmonioso sustentável do território e das comunidades", prevendo a "descentralização de poderes, a implementação gradual das autarquias e a municipalização dos serviços em geral".

"A estrutura do Executivo será reduzida de modo a garantir a sua funcionalidade sem dispersão de meios e evitando o esbanjamento e o desperdício de recursos que são cada vez mais escassos", apontou ainda Lourenço.

Nesta lógica insere-se a promessa de reduzir a burocracia na administração pública, nomeadamente para propiciar o investimento privado e com isso garantir a industrialização do país e o consequente aumento das exportações, com a aposta a passar pela agricultura, pecuária e pescas, entre outros setores que João Lourenço aponta como alternativas ao petróleo.

Neste mandato, o novo Presidente angolano promete fazer uma revisão do Programa de Investimentos Públicos e entrega da sua gestão a privados, para garantir uma maior eficiência.

Melhorar a prestação de cuidados de saúde e a educação em Angola, com o reforço da capacitação de quadros angolanos, foram igualmente prioridades fortemente ovacionadas durante o discurso de João Lourenço, que assumiu ainda o compromisso de modernização das Forças Armadas Angolanas.

"Como é fácil de constatar, são enormes os desafios que temos pela frente, de modo a conduzirmos com êxito os destinos do nosso país, a honramos os heróis da nossa história e a prepararmos um futuro melhor para as atuais e as gerações vindouras", concluiu João Lourenço, num discurso de quase uma hora, ao qual assistiram cerca de duas dezenas de chefes de Estado e de Governo. 

ANG/Lusa 


ONU


Secretário-geral saúda medida saudita para autorizar mulheres a conduzir

Bissau, 27 Set 17 (ANG) -  O secretário-geral das Nações Unidas saudou hoje a decisão da Arábia Saudita de autorizar as mulheres a guiar no reino ultraconservador, a partir do próximo verão.

“Congratulo-me com a decisão da Arábia Saudita de levantar a proibição de as mulheres conduzirem. É um passo importante na direcção certa”, escreveu António Guterres, no Twitter.


A Arábia Saudita é o único país no mundo que impede as mulheres de conduzir. A alteração surgiu através de um decreto real e foi noticiada pelos media estatais na terça-feira à noite, tendo efeito a partir de Junho do próximo ano. 

ANG/Inforpress/Lusa

Política


“Insulto ao Presidente da República vale cadeia”, ordenou Umaro Sissoco Embalo

Bissau, 27 Set 17 (ANG) – O Primeiro-ministro instruiu terça-feira os ministros do Interior e da Defesa para prenderem quem insultasse o chefe de Estado, José Mário Vaz, de forma a por cobro a “indisciplina que reina no pais”.

Falando na cerimónia de promoção de oficiais superiores e outros elementos das forcas de segurança, Umaro Sissoco Embalo advertiu aos dois governantes que caso não cumpram esta sua ordem os mesmos serão, por sua vez, presos.

“Insultar Trump nos EUA vale prisão, a mesma coisa se aplica em Franca”, disse acrescentando que mesmo aqui no pais vizinho (Senegal) se aplicam os mesmos castigos, dando exemplo de um grupo de pessoas que cumpriram 12 meses de detenção pela mesma razão.

Segundo Umaro Sissoco Embalo esta medida visa conferir dignidade aos valores da República, dos quais se incluem ainda o Primeiro-ministro e o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) no exercício das suas funções.

Instado a comentar a ordem dada pelo Chefe do Executivo, o Ministro do Estado e do Interior limitou-se apenas a afirmar que o seu pelouro pugna pela criação de condições para que haja paz e entendimento, sem vingança ou violência.

“Penso que havemos de nos sentar na mesma mesa e aconselharmo-nos sobre a melhor via a seguir”, resumiu Botche Cande.

Em relação ao balanço da sua participação na recente Assembleia-geral da ONU, O Primeiro-ministro disse que, com o evento, o pais voltou ao concerto das nações e elogiou “o funcionamento agora da diplomacia guineense no plano externo”.

Disse ter tido encontro com vários chefes de Estado e de governo de outros países, nomeadamente, o presidente Ouatara, da Costa do Marfim, Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel, Ramos Horta, de Timor Leste, os quais lhe teriam felicitado pelo “regresso triunfante” do pais ao seio da Comunidade Internacional.

Sobre o pagamento de quotas junto a ONU, o chefe do governo confirmou que o pais saldou a sua dívida, bem como das outras organizações de que faz parte nomeadamente a CEDEAO, com a excepção da CPLP, a qual prometeu resolver ainda no decurso desta semana.

“Eis a noção de um patriota comprometido com o seu pais”, disse.

Cerca de meia centena de agentes da Policia de Ordem Publica, Guarda Nacional, dos Serviços de Segurança do Estado entre oficiais superiores e subalterno bem como de funcionários administrativos foram promovidos, enquanto que outros beneficiaram de mudança de patentes militares que ostentavam para as insígnias meramente policiais e que se distinguem entre tiras (militares) e estrelas (policia).

ANG/JAM/SG


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Crise política



 Presidente da República diz que solução da crise está nas mãos do parlamento

Bissau,26 Set 17(ANG) - O Presidente da República, José Mário Vaz, afirmou que a solução da crise política no país está nas mãos do parlamento, que deverá voltar a funcionar.

«A solução da crise não está nas mãos da comunidade internacional. Ela está dentro da Assembleia Nacional Popular, que deverá voltar a exercer a sua função Constitucional», disse o chefe de Estado, num discurso proferido em Gabu, leste do país, por ocasião das cerimónias para assinalar o 44.º aniversário da independência do país.

O parlamento da Guiné-Bissau está encerrado há cerca de dois anos devido a divergências profundas entre as duas principais bancadas, a do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, vencedor das legislativas de 2014) e do Partido de Renovação Social (PRS).

As duas bancadas não se entendem sobre os temas a constar na agenda de trabalhos e nem sobre o lugar dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, que tinham sido expulsos do partido e do parlamento, mas que, entretanto, foram readmitidos pela justiça na Assembleia Nacional Popular, apesar do regimento não prever deputados independentes.

«Há dois anos foi interrompida uma sessão legislativa de forma irregular e até hoje a Assembleia Nacional Popular, única instituição do Estado que não está a funcionar regularmente, apesar da petição da maioria dos deputados, exigindo a abertura da casa da democracia, mas por vontade de uma minoria continua encerrada. É hora de pôr termo definitivo a esta situação anómala», salientou.

Para o Presidente, os guineenses devem rapidamente `desbloquear o funcionamento do parlamento e promover o entendimento entre deputados´.

Sobre o Acordo de Conacri, José Mário Vaz insistiu que foi aplicado porque quando nomeou primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló foi com base no consenso que obteve de mais de 50 por cento dos deputados.

«Assim, o Presidente agiu em obediência estrita à Constituição da República da Guiné-Bissau e não violou o Acordo de Conacri, porque este acordo não prevê a escolha nem por maioria e nem por unanimidade, mas sim por consenso», disse.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

«O então partido maioritário (PAIGC) foi convidado a integrar o governo de acordo com a sua representação parlamentar. Porém, esse partido recusou publicamente integrar o executivo, violando assim o compromisso por ele assumido em Conacri», salientou.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do PAIGC e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem para um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

O Presidente sublinhou também que o Acordo de Conacri não é um acordo internacional, mas sim um acordo alcançado entre as partes internas em litígio.

«As partes signatárias não estão investidas de poderes para rubricarem Acordos Internacionais em nome do Estado da Guiné-Bissau. Trata-se de equívocos intencionais criados para colocar em causa a soberania da Guiné-Bissau, que é irrevogável e inegociável», disse, concluindo que os acordos servem para unir.   
ANG/Lusa

Diplomacia



 EUA querem manter apoio para reforço da democracia e crescimento económico

Novo Embaixador dos EUA no país
Bissau,26 Set 17(ANG) - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou Domingo, numa mensagem para assinalar o 44.º aniversário da independência da Guiné-Bissau, que os Estados Unidos pretendem continuar a apoiar o país na consolidação da democracia e crescimento económico.

«Os Estados Unidos e a Guiné-Bissau têm uma parceria longa e valiosa. Vamos continuar a trabalhar com as autoridades guineenses para fortalecer as instituições democráticas, reforçar o crescimento económico, o desenvolvimento e melhorar a segurança e os direitos humanos na Guiné-Bissau», refere a mensagem divulgada à imprensa.

Na mensagem, o secretário de Estado felicita também o povo guineense.

A independência da Guiné-Bissau foi proclamada em 24 de setembro de 1973 em Lugadjol, no setor de Mandina de Boé, por Bernardo Nino Vieira, na altura combatente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), tornando-se mais tarde Presidente do país. ANG/Lusa