EUA/Administração de Trump vai vender autorizações de residência por cinco milhões de dólares
Bissau, 04 Abr 25 (ANG) - Os Estados Unidos da
América vão vender autorizações de residência no país a qualquer migrante que
possa pagar o preço de cinco milhões de dólares, anunciou hoje o Presidente,
Donald Trump.
"Por
cinco milhões, poderia ser vossa", disse Trump aos meios de comunicação
social durante uma viagem no avião presidencial, o Air Force One, enquanto
mostrava o documento, chamado de "Cartão Trump", que é dourado e tem
estampado o rosto e a assinatura do chefe de Estado norte-americano.
"Sou o primeiro comprador",
explicou Trump, antes de garantir que estarão à venda "daqui a cerca de
duas semanas", sem adiantar mais pormenores.
O Presidente dos Estados Unidos e o seu
secretário do Comércio, Howard Lutnick, estavam a promover esta iniciativa há
algum tempo, que começou a ganhar forma em fevereiro.
Lutnick chegou a afirmar que até um milhão de
pessoas poderiam comprar este cartão, que pretende substituir o visto EB-5,
reservado a investidores, e que já conseguiu angariar "cinco mil milhões
de dólares" com 1.000 permissões vendidas, um montante que será utilizado
para aliviar o défice público do país.
Os EB-5 foram criados pelo Congresso dos EUA
em 1990 como forma de os migrantes obterem residência permanente investindo
pelo menos um milhão de dólares (cerca de 905 mil euros) num negócio (ou 800
mil dólares -- 725 mil euros - numa área de baixo rendimento) que empregasse
pelo menos dez pessoas.
Durante o primeiro trimestre fiscal de 2025,
ou seja, de 01 de outubro a 31 de dezembro de 2024, foram emitidos 4.608 vistos
deste tipo, segundo dados do Departamento de Estado dos EUA.
A ideia, Lutnick há duas semanas no 'podcast'
económico All-In, surgiu de um encontro entre Trump e o bilionário John
Paulson, fundador dum fundo de investimento, e que o mecanismo de vendas será
gerido pelo conselheiro presidencial e magnata Elon Musk, "que é
responsável pelo desenvolvimento do 'software'".
Lutnick destacou a flexibilidade adicional
que esta nova opção oferece, dando como exemplo a possibilidade de
"pacotes familiares" --- embora sem redução de preço por unidade ---
para que "se um desastre acontecer", os proprietários e família
"possam ter a opção de escapar juntos para o aeroporto e voar para os
Estados Unidos, onde serão bem-vindos".ANG/Lusa
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