quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Direitos Humano




Guiné-Bissau entre os países com declínio de liberdade, segundo relatório da ONG Freedom House


Bissau,17 Jan 18(ANG) - A Guiné-Bissau é o único dos países lusófonos que integra a lista dos 29 Estados de todo o mundo que registaram um “dramático declínio de liberdade” nos últimos dez anos, segundo a organização não-governamental (ONG) Freedom House.

No seu relatório anual sobre direitos políticos e liberdades civis no mundo, divulgado esta terça-feira, a ONG não desenvolve mais esta referência à Guiné-Bissau, limitando-se a colocar o país, que classifica como “parcialmente livre”, a par de outros cujo índice de liberdade sofreu igual recuo, como Eritreia, Quénia, Koweit, Síria e Liechtenstein.

Mesmo assim, em todos eles o declínio de liberdade foi menor que, por exemplo, na Turquia, que lidera a lista, seguida de República Centro-Africana, Mali, Burundi, Bahrein, Mauritânia, Etiópia, Venezuela, Iémen e Hungria. Sobre o Brasil, que a organização considera um país livre, o documento apenas refere que “as extensas investigações de corrupção implicaram líderes de toda a América Latina”.

Outros países lusófonos, como Moçambique — considerado pela Freedom House como “parcialmente livre” –, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, não mereceram destaque no relatório, sobretudo centrado na crise da democracia a nível global.

No documento, intitulado “Freedom in the World 2018: Democracy in Crisis” (“Liberdade no Mundo 2018: A Democracia em Crise”), sublinha-se que “a democracia está sob ataque e a recuar em todo o mundo”, numa crise que se intensificou com “a erosão, a ritmo acelerado, dos padrões democráticos dos Estados Unidos da América”.

Segundo a ONG, 2017 foi o 12.º ano consecutivo de queda da liberdade global, com 71 países a sofrerem “claros declínios” nos domínios dos direitos políticos e liberdades civis e apenas 35 a registarem avanços. Dos 195 países avaliados neste estudo, 88 (45%) foram classificados como “livres”, 58 (30%) como “parcialmente livres” e 49 (25%) como “não livres”.

Dos 49 países designados como “não livres”, estes 12 foram os que se posicionaram no fundo da tabela, com uma pontuação de menos de dez pontos em 100 (começando pelo menos livre): Síria, Sudão do Sul, Eritreia, Coreia do Norte, Turquemenistão, Guiné Equatorial, Arábia Saudita, Somália, Uzbequistão, Sudão, República Centro-Africana e Líbia.

“Estados outrora promissores como a Turquia, a Venezuela, a Polónia e a Tunísia estão entre aqueles que experimentaram declínios nos padrões democráticos; a recente abertura democrática em Myanmar (antiga Birmânia) ficou permanentemente arruinada por uma chocante campanha de limpeza étnica contra a minoria Rohingya”, lê-se no relatório.

Para o presidente da Freedom House, Michael J. Abramowitz, “a democracia enfrenta a sua mais grave crise em décadas”, com os seus “princípios básicos — entre os quais a garantia de eleições livres e justas, os direitos das minorias, a liberdade de imprensa e o Estado de direito — sob ataque em todo o mundo”.

O estudo refere como “a China e a Rússia aproveitaram o recuo das maiores democracias não só para aumentar a repressão a nível interno, como para exportar a sua influência maligna para outros países”, apontando que “Para manter o poder, estes regimes autocráticos estão a atuar além das suas fronteiras para silenciar o debate livre, perseguir dissidentes e comprometer instituições assentes em normas consagradas”.

De acordo com a ONG, no período de 12 anos desde que o recuo de liberdade começou, em 2006, foram 113 os países que assistiram a um claro declínio dos direitos políticos e liberdades civis, e só 62 registaram um claro aumento. ANG/LUSA

Cooperação



China vai construir fábrica de processamento e conservação de pescado na Guiné-Bissau

Bissau, 17 Jan 18 (ANG) - Zhongyu Global Siafood Corporation, uma empresa pesqueira da República Popular da China e o governo da Guiné-Bissau rubricaram segunda-feira um termo de compromisso para a construção em Bissau de uma unidade de processamento e conservação do pescado para o abastecimento da população e comercialização.

O compromisso para edificação da nova infra-estrutura, cujo orçamento não foi divulgado, resulta de um protocolo de acordo assinado entre as partes a 30 anos, altura da instalação da empresa na Guiné-Bissau e, ao longo dos quais, a Zhongyu Global Siafood Corparation realizou varias projectos visando a melhoria da situação alimentar e económica do país.

O documento foi rubricado pelo Director-Geral da Pesca Industrial guineense, Alcibíades dos Santos e pelo representante da empresa chinesa, Sun Zhi Xiang , tendo ambos na ocasião manifestado a vontade de trabalhar em parceria para garantir maior prosperidade a população da Guiné-Bissau.

Alias, Sun Zhi Xiang salientou que desde a sua estada a empresa sempre respeitou as normas vigentes na Guiné-Bissau e pauta pela política de ganhos mútuos e na ajuda da resolução do problema do desemprego naquele país africano.

“Contribuímos no enriquecimento do mercado guineense com produtos marítimos e positivamente na economia do país e na mudança de vida da população”, acrescentou tendo destacado que anualmente a empresa fornece graciosamente ao governo guineense cerca de mil toneladas de pescado.

Segundo ainda o seu representante, a empresa chinesa instalou recentemente na ilha de Bubaque uma unidade de produção de gelo com a capacidade de 6 toneladas e, até ao fim do mês em curso, vai edificar uma fábrica idêntica na de Uracam, ambas no arquipélago dos Bijagós.

O Director da Pesca Industrial, Alcibíades dos Santos guineense, congratulou-se com a construção da nova infra-estrutura pesqueira porque vai trazer vantagens ao pais, nomeadamente no que concerne a luta contra a pobreza e agradeceu a contribuição da Zhongyu Global Siafood Corparation por tudo o que tem feito ao longo dos trinta anos da sua presença no pais.

ANJ/JAM


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

26º Aniversário do PRS




Celebrações ainda sem data marcada

Bissau,16 Jan 18 (ANG) – O Presidente da Comissão Organizadora da comemoração do 26º aniversário da fundação do Partido da Renovação Social (PRS), afirmou que a direcção superior dos renovadores irá anunciar brevemente a data para celebração da efeméride.

Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné, Fernando Dias explicou que o aniversário do partido devia celebrar-se hà 14 de Janeiro, mas ficou adiado por a data ter coincidido com as cerimónias fúnebres do deputado do partido Aliu Seidi.

Disse que várias actividades culturais, desportivas bem como as conferências em todas as províncias do país sobre a vida do partido, irão preencher a agenda das comemorações que 
decorrera sob o lema “PRS, 26 anos de Maturidade, Estabilidade e Democracia”.

Fernando Dias afirmou que o PRS como um partido de dimensão nacional e internacional, não vai limitar a celebração do seu aniversário num acto central apenas numa localidade mas sim serão realizadas em simultâneo por todo o país e na diáspora.

“As actividades comemorativas serão centralizadas em províncias. Por exemplo no norte vamos agrupar o Sector Autónimo de Bissau, Biombo, Bolama, Cacheu e Oio e terão como local para o acto central o sector de Mansoa. Para a província leste o palco central vai ser o sector de Bafatá e para a província sul o acto central será a cidade de Catió”, explicou.

“Para presidir as cerimónias na província sul, foi designado Orlando Mendes Viegas. Para leste do país escolhemos o coordenador local na pessoa de António Serifo Embaló e para o norte, vai ser presidido pelo Presidente do partido Alberto Nambeia e secretário geral Florentino Mendes Pereira”, informou.

ANG/ÃC/JAM