PR pede
esclarecimentos sobre os 13 milhões de dólares de “bónus de assinatura” do
acordo de exploração
Bissau, 19 jan. 15 (ANG) - A
Presidência da República instou às autoridades judiciárias competentes a
iniciar, o mais rapidamente possível, as diligências conducentes ao cabal
esclarecimento sobre os 13 milhões de dólares de “bónus de assinatura” do
acordo entre o governo e a empresa Bauxite Angola.
A solicitação foi tronada
público através de um comunicado de imprensa a que a ANG teve acesso.
Segundo a nota, o ministro dos Recursos Naturais da
Guiné-Bissau, Daniel Gomes, disse na quinta-feira (15 janeiro), no parlamento,
que está por saber quem ficou com 13 milhões de dólares entregues por Angola
para iniciar a exploração do bauxite no leste do país.
o facto foi referido no quadro de uma audição a que o ministro foi sujeito na Comissão Permanente
Especializada da ANP para Agricultura, Pesca, Recursos Naturais e Turismo.
Segundo o Site África 21
Online, citando as declarações de Daniel Gomes, a situação em Varela é
transparente e disse que “até certo ponto” se sente perseguido (sem mensionar
nomes), algo que referiu não poder aceitar.
Na mesma audição, acabou por
prestar informações sobre a exploração de bauxite, referindo que os trabalhos
de extração só serão retomados depois de esclarecido o paradeiro dos 13 milhões
de dólares.
“Disse aos irmãos angolanos
que nós, para prosseguirmos, temos que esclarecer esse ponto número um: quem é
que recebeu esse dinheiro. É muito dinheiro”, sublinhou.
Segundo o primeiro
magistraturado do país, as declarações supra referidas são susceptíveis de
lançar nuvens de suspeição nos dossiers da exploração mineira, pondo em causa a
boa imagem do Estado, os valores da boa governação, bem como a transparência na
gestão da coisa pública.
O Presidente guineense, chegou
a ser indiciado e detido pela justiça, em 2013, num processo de averiguações
relacionado com o alegado desaparecimento de dinheiro entregue por Angola à
Guiné-Bissau, na altura em que era ministro das Finanças (entre 2009 e 2012).
“Há dois processos diferentes.
José Mário Vaz foi detido e ouvido no quadro de um processo de apoio orçamental
de Angola à Guiné-Bissau no valor de 12 milhões de dólares”, disse o porta-voz do Presidente, Fernando Mendonça.
O referido processo, conforme disse Mendonça a Africa 21, não está relacionado com a exploração de minérios.
De acordo com a lei, as
averiguações sobre a atuação de José Mário Vaz estão suspensas enquanto este
ocupar o cargo de chefe de Estado.
ANG/FGS
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