segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Bauxite Angola



PR pede esclarecimentos sobre os 13 milhões de dólares de “bónus de assinatura” do acordo de exploração

Bissau, 19 jan. 15 (ANG) - A Presidência da República instou às autoridades judiciárias competentes a iniciar, o mais rapidamente possível, as diligências conducentes ao cabal esclarecimento sobre os 13 milhões de dólares de “bónus de assinatura” do acordo entre o governo e a empresa Bauxite Angola.

A solicitação foi tronada público através de um comunicado de imprensa a que a ANG teve acesso.

Segundo a  nota, o ministro dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Daniel Gomes, disse na quinta-feira (15 janeiro), no parlamento, que está por saber quem ficou com 13 milhões de dólares entregues por Angola para iniciar a exploração do bauxite no leste do país.

o facto foi referido  no quadro de uma audição a que o ministro  foi sujeito na Comissão Permanente Especializada da ANP para Agricultura, Pesca, Recursos Naturais e Turismo.

Segundo o Site África 21 Online, citando as declarações de Daniel Gomes, a situação em Varela é transparente e disse que “até certo ponto” se sente perseguido (sem mensionar nomes), algo que referiu não poder aceitar.

Na mesma audição, acabou por prestar informações sobre a exploração de bauxite, referindo que os trabalhos de extração só serão retomados depois de esclarecido o paradeiro dos 13 milhões de dólares.
“Disse aos irmãos angolanos que nós, para prosseguirmos, temos que esclarecer esse ponto número um: quem é que recebeu esse dinheiro. É muito dinheiro”, sublinhou.

Segundo o primeiro magistraturado do país, as declarações supra referidas são susceptíveis de lançar nuvens de suspeição nos dossiers da exploração mineira, pondo em causa a boa imagem do Estado, os valores da boa governação, bem como a transparência na gestão da coisa pública.

O Presidente guineense, chegou a ser indiciado e detido pela justiça, em 2013, num processo de averiguações relacionado com o alegado desaparecimento de dinheiro entregue por Angola à Guiné-Bissau, na altura em que era ministro das Finanças (entre 2009 e 2012).

“Há dois processos diferentes. José Mário Vaz foi detido e ouvido no quadro de um processo de apoio orçamental de Angola à Guiné-Bissau no valor de 12 milhões de dólares”, disse  o porta-voz do Presidente, Fernando Mendonça.

O referido processo, conforme disse Mendonça a Africa 21, não está relacionado com a exploração de minérios.

De acordo com a lei, as averiguações sobre a atuação de José Mário Vaz estão suspensas enquanto este ocupar o cargo de chefe de Estado.


ANG/FGS

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