terça-feira, 3 de novembro de 2015

Internacional


Líbios tentam diálogo interno 

Bissau, 03 Nov 15 (ANG)- Os responsáveis do Congresso Geral Nacional (CNG), o Parlamento instalado em Tripoli, e o que funciona em Tobrouk iniciaram segunda-feira conversações para o recomeço do diálogo no interior do país sem mediação de organismos internacionais.

Abdelkader Houeili, do CNG ,anunciou o início das conversações directas, numa altura em que as Nações Unidas tentam relançar o diálogo, com a nomeação de um novo enviado especial.

“Responsáveis do CNG e da Câmara dos Representantes, o Parlamento de Tobrouk, reúnem-se para tentarem relançar as conversações sem intermediários internacionais”, disse Abdelkader Houeili.

“O CNG apoia na generalidade o diálogo interno e rejeita o recente acordo estabelecido em Marrocos, com o patrocínio das Nações Unidas. Os políticos mostraram grande confiança na iniciativa interna, que pode abrir boas perspectivas para a criação de uma plataforma de negociações sustentadas.  

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a nomeação do diplomata alemão Martin Kobler como enviado especial na Líbia em substituição do actual o espanhol Bernardino Leon.

O diplomata Martin Kobler foi embaixador da Alemanha no Iraque e no Egipto antes de dirigir a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO).

Fontes da Organização das Nações Unidas disseram que Bernardino Leon deve  deixar o cargo no dia 6, mas que a data pode ser adiada se forem registados progressos “nos esforços de mediação que ele desenvolve junto dos políticos líbios”.  Até agora, as negociações revelaram-se  insuficientes, devido à rejeição de algumas propostas.  

 O primeiro-ministro do Governo com sede em Tobruk, apoiado pelo Ocidente, Abdullah al Thani, lamentou ontem que três navios com bandeira de Itália tenham entrado em águas territoriais líbias, desrespeitando os tratados bilaterais e ameaçou usar a força em caso de necessidade. O Governo não hesita em usar todos os meios ao seu alcance para proteger as fronteiras da Líbia e a soberania nacional”, salienta um comunicado assinado por Abdullah al Tani..

A Líbia continua a viver num clima de insegurança desde que forças da OTAN derrubaram em 2011 o Governo e assassinaram o Presidente Muamar Kadhafi. O enviado da ONU ainda acredita num acordo.

ANG/Jornal de Angola

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