Ensino público
Governo e SINDEPROF assinam Memorando de Entendimento que põe fim à
grave
Bissau 06 Nov 15 (ANG) – O Governo e o Sindicato Democrático dos
Professores (SINDEPROF), assinaram hoje, um Memorando de Entendimento que determina
o fim da greve observada por esta organizaçao sindical desde o passado dia 19
de Outubro e que devia durar um mês.
Segundo
o referido Memorando a que ANG teve acesso, prevê-se
a assinatura em conformidade com a lei, dos processos de efectivação e de
reclassificação dos professores pela entidade competente, bem com a
implementação imediata do Estatuto da Carreira Docente após a sua revisão e
aprovação.
No Memorando o Governo compromete-se a efectuar a devolução de horários
à todos os professores aos quais lhes foram retirados no ano lectivo 2014/2015,
ouvindo as partes em litígio.
Por sua parte, o SINDEPROF comprometeu-se em suspender a greve em curso,
condicionando-a ao cumprimento do presente Memorando de Entendimento.
Por fim as partes concordaram em criar uma Comissao Mista de Seguimento
de todos os processos relacionados às reivindicações
nomeadamente, harmonização de letras, efectivação, requalificação e pagamento
dos retroactivos dos professores.
As partes concordaram também em fazer lobbing
junto do Governo e da Assembleia Nacional Popular com vista a inclusão das dívidas
no Orçamento Geral do Estado 2016 e discussão da proposta de revisão do
Estatuto de Carreira Docente no homiciclo nacional.
No final do encontro o Director-geral do Ensino Secundário, Geraldo
Indequi afirmou que o acto não significa o fim de todos os problemas, pois
existem alguns pontos do Memorando que estão ainda em curso.
“Doravante vamos passar a dar seguimento junto do Ministério das
Finanças, entidade que paga salários, no sentido de se proceder a transferencia
de dinheiros para a conta de todos os professores”, prometeu Indequi.
Prometeu acionar todos os mecanismos com vista a concretização do
referido acordo.
Por sua vez, o Presidente do SINDEPROF disse esperar que as partes assumam
as suas responsabilidades no sentido de tornarem uma realidade os pontos
constantes no memorando, depois de vários já assinados e não concretizados.
“Tanto o sindicato como o Governo, que cada um assuma a sua
responsabilidade, caso contrário voltaremos a carga com novas greves”, afirmou.
Laureano Pereira disse ter informações de que os professores estão a ser
perseguidos pelos respectivos diretores nas suas escolas, concretamente, na
região de Oio (Binar) e várias outras regiões do país.
“As políticas de intimidações, de ameaças e perseguições não abonam em
nada o sistema de ensino do país”, disse.
Laureano Pereira exortaà todos os
professores a voltarem para as salas de aulas. ANG/FGS/SG
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