Bissau,01 Dez 15 (ANG)-O governo da Guiné-Bissua prometeu hoje trabalhar em colaboraçao com as ONGs para melhorar o actual quadro dos Direitos Humanos do pais.
A promessa foi feita pelo ministro da Presidência de Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, ao presidir a cerimonia de abertura da Quinzena dos Direitos e do primeiro encontro Internacional sobre os Diretos Humanos,organizado pelas ONGs dos países da CPLP que atuam neste dominio, em colaboraçäo com a Casa dos Direitos, e que decorre sob o lema “Vozes de Nós-Meninos de rua,Inclusäo e Inserçäo”
Malal Sané destacou que a situaçao dos Direitos Humanos evoluiu consideravelmente na Guiné-Bissau,mas que há muito por fazer e que esta tarefa é da responsabilidade dos guineenses em geral.
“A instabuilidade politica e governativa é um dos estrangulamentos maiores que o país enfrenta. E se não formos capazes de ultrapassá-la para garantir a paz e estabilidade, para termos instituiçoes fortes capazes de fazer face aos desfios entao seremos todos minados”, considerou Sané.
Nesta quinzena dos direitos humanos os participantes vão debater questões relacionadas às crianças em situações de vulnerabilidade.
Na quarta-feira será inaugurada a terceira feira do livro para assinalar os 50 anos do fim da política da Casa do Império de Estudante em Portugal, seguida por deferentes manifestações de carácter cultural, musical e teatral.
Para o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Augusto Mario da Silva ,o encontro constitui um espaço de reflexao sobre os direitos humanos na Guiné-Bissau e representa o culminar de cinco anos de trabalho conjunto das ONGs dos países de CPLP que actuam no domínio da protecção e defesa dos direitos das crianças, em situação de vulnerabilidade .
Augusto Mário lamentou o facto de o encontro de promoção do diálogo estar a decorrer numa altura em que o ambiente politico é delicado, caracterizado pela tensão no relacionamento entre os titulares de órgãos da soberania, “o que poderá mergulhar o país numa nova instabilidade governativa com consequências imprevisíveis”.
O Presidente da LGDH disse que é urgente e indispensável um pacto de convergência política entre os titulares de órgãos da soberania e de todos os partidos com assento parlamentar para garantir a estabilidade governativa e da conclusão dos mandatos de governo e do Presidente da República que ao longo destes 21 anos da democracia continuam a ser uma miragem.
Por outro lado, referiu que o quotidiano dos guineenses é caracterizado pela baixa qualidade de vida, a impunidade generalizada, desemprego, exclusão social, fraco poder de compra e limitado acesso aos bens e serviços básicos.
Disse que , apesar disso continua a luta pelo poder em vez de se concentrar na redução da pobreza que aumenta à um ritmo assustador.
Augusto Mário disse que é tempo de combater sem reservas a corrupção generalizada, a impunidade institucional porque só assim é que se pode elevar o índice da boa governação e consequentemente o nível da vida dos cidadãos.
E neste particular o Presidente da LGDH manifestou a sua solidariedade com as instituições judiciais que “em condições difíceis e até adversas travam uma corajosa luta contra a impunidade, não obstante as sistemáticas tentativas de interferência nas suas actividades por parte de outros órgãos de poder”.
ANG/LPG/SG
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