quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016



Caju

“Crise política pode comprometer a campanha”, diz Jaime Gomes

Bissau, 04 Fev 16 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores(ANAG), admitiu que a actual crise política no país pode atrapalhar a presente campanha de comercialização da castanha de caju, se as partes em divergência não conseguem chegar de imediato a um acordo.
 
Jaime Boles Gomes que falava à Agência de Notícias da Guiné - ANG disse que se não for encontrada uma solução rápida para actual crise política, a presente campanha corre o risco de não ter o sucesso como a do ano passado. 

Segundo o Presidente da ANAG os potenciais compradores da castanha, como é o caso dos empresários indianos irão para outros países onde há estabilidade política.

"Por isso, apelo aos governantes para pensarem nos valores democráticos e se empenharem na busca incessante de solução para os problemas, garantido a paz e tranquilidade no país", informou.

“A castanha de caju é o principal produto de exportação do país e este ano corre o risco de vier a ser comprada por 100 ou 150 fcfa por cada quilo ao produtor se a crise política continuar”, avisou Jaime Gomes.

  Acrescentou que nessa altura os produtores já estão a ser explorados por alguns comerciantes que lhes dão adiantamentos de  um saco de arroz de 50 quilogramas, para em contrapartida vier a receber  um saco de cem quilogramas da castanha de caju.

Por isso, apelou aos actores políticos para elegerem o diálogo construtivo como estratégia de resolução dos diferendos políticos e como ferramentas para fortalecer a democracia e consolidar a paz evitando assim condutas que possam chocar com os valores da paz e estabilidade.

O Presidente da ANAG disse que  há produtores que após três meses de colheita começam a passar  fome e que outros entre seis e nove meses também começam a enfrentar dificuldades.

Perante esta realidade, Jaime Gomes apela aos comerciantes em causa a deixar esta prática, porque não estão a contribuir para combate a fome e pobreza na Guiné-Bissau .

"Daí que é necessário ter um país calmo, onde as regras são respeitadas, para que os empresários possam vir e investir, possibilitando a criação de uma outra fileira de produção que não seja de caju", avisou. ANG/LPG/SG

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