Governo deve mais de um milhão de dólares à Agrekko
Bissau,08
Fev 17(ANG) - O diretor-geral da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau
(EAGB) revelou que o Governo guineense contraiu uma dívida com Agrekko, empresa
escocesa especializada em fornecimento de energia elétrica, estimada em mais de
1 milhão de Dólares.
Em
declarações ao sitio e-Global, René Barros disse que a referida dívida só poderá ser liquidada com a entrada em
funcionamento da Central Elétrica de Bôr, ainda em obras e da barragem
hidroelétrica
em Saltinho, cujo projecto ainda está na fase de lançamento.
Barros acrescentou que o executivo paga
mensalmente 250 milhões de Francos Cfa (c
erca de 380 mil euros) para
fornecimento de combustível à Central Elétrica de Bissau.
Falando de receitas, René Barros afirmou que atualmente a
EAGB vende “muito mal” os seus produtos, sublinhando que a empresa precisa de
equilibrar as suas tarifas.
”Vendemos os nossos produtos muito mal, por
exemplo damos energia a nível dez e vendemos a nível sete, o que não é bom para
a empresa”, disse Barros.
Entretanto
o acesso a energia é feito por via de pré-pagamento, e o anterior Diretor-geral
havia afirmado haver mais procura que a
oferta.
Relativamente
à ruptura de fornecimento de luz elétrica na semana passada em Bissau, o
diretor-geral da EAGB explicou que foi devido à falta de combustível, contudo
garante que o incidente já foi ultrapassado.
“Quero tranquilizar aos nossos clientes que a
situação verificada na semana passada já foi ultrapassada, pelo que continuamos
a fornecer neste momento regularmente energia aos nossos assinantes”, disse.
Segundo
o responsável da EAGB, o ministro das Finanças João Aladje Fadia terá admitido
a possibilidade de o Governo deixar de pagar as despesas da Empresa de
Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau, relativamente ao fornecimento da energia
e contratos com a empresa Agrekko, em
vigor desde 2014.
Para
René Barros se o estado não assumir a responsabilidade destes pagamentos o país
poderá brevemente voltar a situação de falta de luz elétrica em Bissau.
ANG/e-Global Notícias em Português
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