Novo
Bastonário da Ordem dos Enfermeiros elege como prioridade "disciplinar a classe"
Bissau, 07 Mar 17 (ANG) – O novo Bastonário da Ordem dos
Enfermeiros da Guiné-Bissau (BOE-GB), disse hoje que vai priorizar a “disciplina” no seio da classe e a
luta pelo respeito aos direitos dos profissionais de saude, durante o seu
mandato
Alberto Oliveira Lopes que favava em entrevista exclusiva
à ANG disse que no fundo a OE-GB quer organizar a classe para que possa dar melhor assistência a população.
“Digo isso porque muitas vezes somos vítimas de agressões
verbais e físicas no exercício das nossas actividades por parte dos utentes e
por isso queremos organizar para servir melhor os que precisam”, prometeu.
Para o novo Bastonário, as mudanças devem ser feitas a
todos os níveis, dos quais se destacam a criação de condições de trabalho para
todos os técnicos de saúde bem como apetrecha-los de equipamentos e materiais
indispensáveis aos seus serviços.
Aquele responsável salientou que um técnico de saúde pode
ser bom em termos de competencias mas se
não tiver meios materiais para pôr aplicar a sua compeencia na pratica, tudo se revela inútil.
Alberto Oliveira lembrou que quando um técnico aufere um
salário miserável, que não cobre as suas despesas corre o risco de ter um
comportamento condenável de ponto de vista deontológico, tendo frisado que, com
isso, não quer dar aval para que os enfermeiros comportem dessa forma.
“O Governo deve acabar com as cobranças ilícitas que se
verificam nos hospitais do país”, exortou tendo lembrado que a organização que
dirige repudia tais práticas que considera de “incompatíveis”.
Aquele técnico de saúde disse que na Guiné -Bissau acontecem
casos em que um enfermeiro cuida de
vinte à trinta pacientes sozinho, quando, de acordo com as normas, devia , no
máximo, responsabilizar-se de oito.
Informou que em situação de casos que necessitam de
tratamentos intensivos, um técnico de saúde não deve ultrapassar três doentes o
que não é o caso na Guiné-Bissau. Adiantou por isso que é urgente o aumento dos
recursos humanos qualificados de forma a reduzir a sobrecarga de trabalho.
Referindo-se às constantes denúncias dos pacientes em
relação aos erros cometidos por técnicos e saúde, Alberto Oliveira disse não existir
profissão no mundo isento de erros.
Contudo, reconheceu que aos de enfermeiros estão directamente ligadaos à vida
humana, pelo que se exige mais cuidado e atenção especial para que não ocorram falhas
técnicas que as vezes são fatais.
Alberto Oliveira Lopes considerou de “heróis “os enfermeiros
que estão a trabalhar no interior do país principalmente os que estão colocados
nas ilhas de Bijagós e outras localidades, devido a situação de isolamento em
que se encontram, e que, as vezes, fazem trabalhos que competem aos médicos e parteiras.
ANG/MSC/ÂC/JAM/SG
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