terça-feira, 28 de março de 2017

Fiscalização marítima



Organização ecológica “Greenpeace” detecta mais de 90 navios na pesca ilegal nas águas territoriais da Guiné-Bissau

Bissau,28 Mar 17(ANG) – A organização ecológica internacional denominada “Greenpeace” denunciou a existência de mais de 90 navios em prática de pesca ilegal nas águas territoriais da Guiné-Bissau.

O denúncia consta num relatório sobre trabalhos de fiscalização levados  a cabo pelo navio da organização durante quatro dias nas águas territoriais da Guiné-Bissau, e que foi apresentado ao Presidente da República, José Mário Vaz durante a visita que efectuou ao referido barco que se encontra atracado no Cais de Bissau.

Pavel Klinckhamers, chefe do projecto da organização Greenpeace, informou ao chefe de Estado que durante a operação de fiscalização conseguiram capturar oito navios que se encontram a pescar ilegalmente nas águas territoriais da Guiné-Bissau e que já se encontram ao largo do Cais de Bissau.

Aquele responsável do navio ecológico aconselhou as autoridades competentes do sector das pescas a inspecionarem  todos os navios de pesca estrangeira com licenças para a pesca no país.

Klinckhamers recomendou as autoridades guineenses  a criação de frotas regionais para o abastecimento do pescado em todas as regiões do país.

Em  resposta às denúncias da Greenpeace, o Presidente da República disse estar triste e chocado com a notícia da existência de mais  de 90 barcos a pescar ilegalmente nas águas do país.

“Isso vem confirmar tudo o que tenho vindo a dizer. Nos primeiros tempos chamei a atenção de que havia desvios de procedimentos. Confirmou-se quando o novo ministro das Finanças tomou posse, porque 72 horas depois conseguiu-se dizer claramente como é que os recursos do país estavam a ser geridos”, disse.

O Presidente da República sublinhou que igualmente chamou a atenção sobre a situação da Zona Económica Exclusiva do país.

“Confirma-se. Hoje acabamos de receber todas as informações acerca do nosso mar. São 90 barcos a pescar de uma forma ilegal. Isso é extremamente grave para o nosso país” São as 90 escolas, hospitais, estradas perdidas”, lamentou José Mário Vaz.

O chefe de Estado disse que existem pessoas por detrás de tudo isso e a ganhar muito dinheiro à custa do povo guineense, acrescentando que “chegou a hora de abrirmos os olhos para fiscalizar os recursos do país”.

 “Vamos tomar medidas. Eu vou falar com o Primeiro-ministro para tomarmos as medidas para sanear a situação, doa a quem doer”, prometeu José Mário Vaz. 
ANG/ÂC/SG

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