Organização ecológica “Greenpeace” detecta mais de 90
navios na pesca ilegal nas águas territoriais da Guiné-Bissau
Bissau,28
Mar 17(ANG) – A organização ecológica internacional denominada “Greenpeace” denunciou
a existência de mais de 90 navios em prática de pesca ilegal nas águas
territoriais da Guiné-Bissau.
O denúncia
consta num relatório sobre trabalhos de fiscalização levados a cabo pelo navio da organização durante
quatro dias nas águas territoriais da Guiné-Bissau, e que foi apresentado ao
Presidente da República, José Mário Vaz durante a visita que efectuou ao
referido barco que se encontra atracado no Cais de Bissau.
Pavel
Klinckhamers, chefe do projecto da organização Greenpeace, informou ao chefe de
Estado que durante a operação de fiscalização conseguiram capturar oito navios
que se encontram a pescar ilegalmente nas águas territoriais da Guiné-Bissau e que
já se encontram ao largo do Cais de Bissau.
Aquele
responsável do navio ecológico aconselhou as autoridades competentes do sector
das pescas a inspecionarem todos os
navios de pesca estrangeira com licenças para a pesca no país.
Klinckhamers
recomendou as autoridades guineenses a
criação de frotas regionais para o abastecimento do pescado em todas as regiões
do país.
Em resposta às denúncias da Greenpeace, o
Presidente da República disse estar triste e chocado com a notícia da
existência de mais de 90 barcos a pescar
ilegalmente nas águas do país.
“Isso
vem confirmar tudo o que tenho vindo a dizer. Nos primeiros tempos chamei a atenção
de que havia desvios de procedimentos. Confirmou-se quando o novo ministro das
Finanças tomou posse, porque 72 horas depois conseguiu-se dizer claramente como
é que os recursos do país estavam a ser geridos”, disse.
O
Presidente da República sublinhou que igualmente chamou a atenção sobre a
situação da Zona Económica Exclusiva do país.
“Confirma-se.
Hoje acabamos de receber todas as informações acerca do nosso mar. São 90
barcos a pescar de uma forma ilegal. Isso é extremamente grave para o nosso
país” São as 90 escolas, hospitais, estradas perdidas”, lamentou José Mário
Vaz.
O
chefe de Estado disse que existem pessoas por detrás de tudo isso e a ganhar
muito dinheiro à custa do povo guineense, acrescentando que “chegou a hora de
abrirmos os olhos para fiscalizar os recursos do país”.
“Vamos tomar medidas. Eu vou falar com o Primeiro-ministro
para tomarmos as medidas para sanear a situação, doa a quem doer”, prometeu
José Mário Vaz.
ANG/ÂC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário