Ministro Vaz nega qualquer responsabilidade sobre o incidente no mar envolvendo dois portugueses
Bissau, 16 Mar 17 (ANG) – O
Ministro do Turismo e Artesanato nega ter qualquer responsabilidade sobre o
caso de dois portugueses que passaram a noite no mar à espera de socorro no
passado dia 19 de Fevereiro.
A reação de Fernando Vaz vem
expressa numa carta dirigida ao ministro da Comunicação Social, Victor Pereira
à que a ANG teve hoje acesso.
Vaz refere na carta que os dois portugueses se deslocaram a ilha
de Orango, concretamente a Lagoa de Aghor num barco particular cujo
proprietário e um indivíduo de nacionalidade portuguesa, sem equipamentos de
segurança, sem aviso prévio a capitania e sem combustível suficiente.
*Devido a esse acontecimento,
em que o Ministério do Turismo nada tem a ver e nem teve culpa, porque foi uma
pura aventura por parte dos dois , o ministério foi surpreendido com um artigo
da agência Lusa a denegrir a imagem do turismo guineense, pondo em causa os
esforços que estão a ser feitos e com grandes frutos para a promoção do turismo
guineense*, lê-se na carta.
A notícia da lusa foi baseada
em declarações prestadas por uma portuguesa de nome Sara Santos, que veio a
Bissau por motivos profissionais mas que num sábado, com outro português,
decidiu viajar à ilha de Orango.
Segundo a Lusa, no
regresso à Bissau pelas 18 horas, o
motor da embarcação parou, a tripulação verificou que não havia combustível, e
começou a ligar por telemóvel para alguém que lhes iria levar um abastecimento.
Após nove horas de espera e
contatos sem sucesso, Sara Santos, segundo a Lusa, diz ter arrancado o GPS das
mãos de um tripulante para comunicar as coordenadas para Bissau a um barco do
Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas(IBAP) acionado para resgatá-los
no mar.
Numa clara alusão às
autoridades turísticas guineenses Sara Santos criticou que *deve haver um
trabalho preparatório para receber turistas*. *Não há uma guarda costeira ou
capitania*, questionou a portuguesa.
Segundo o Ministro Fernando
Vaz, o barco do IBAP que socorreu os portugueses e a tripulação em causa foi
acionado pela Capitania no quadro de uma parceria que mantem com o IBAP, por se
encontrarem em reparação os barcos da capitania.
Em declarações à Lusa,
Fernando Vaz recomenda que quem chega à Bissau se aconselhe no balcão do
Ministério no aeroporto, nas chegadas, a fim de se evitar situações idênticas .
*Eles tratarão do que for
necessário para as deslocações às ilhas*, disse Vaz.
ANG/SG
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