Liga Árabe mantém apoio à solução de dois Estados
Bissau, 31Mar 17 (ANG) - Os dirigentes árabes
reunidos na quarta-feira na Jordânia rejeitaram a ingerência estrangeira nos
seus assuntos internos e apelaram à unidade para resolver os conflitos na
região.
No comunicado final da cimeira anual da Liga Árabe,
divulgado ontem, os países que a integram pedem “negociações de paz sérias e
produtivas entre israelitas e palestinos” e reafirmam o compromisso com a
solução de dois Estados.
“Rejeitamos toda ingerência nos assuntos internos
árabes e todas as tentativas visando a abalar a segurança, semear a discórdia
religiosa e atiçar conflitos (...), violando as relações de boa vizinhança e
regras internacionais”, declararam no texto final do encontro os 21 países que
participaram na cimeira.
Os líderes árabes reafirmaram no comunicado final o apoio ao plano de paz de 2002 que prevê relações normalizadas com Israel no caso de cedência a um futuro Estado palestiniano dos territórios capturados na “guerra dos seis dias”, em 1967.
O texto afirma que “a paz é uma opção estratégica”
para o mundo árabe, baseado na solução de dois Estados - a Palestina com as
fronteiras anteriores a 1967, lado-a-lado com Israel.
A cimeira também exorta os países em todo o mundo a
não transferirem as suas missões diplomáticas em Israel para a contestada
Jerusalém, um sinal também enviado ao Presidente dos EUA, Donald Trump, que no
passado manifestou a intenção de mudar em Embaixada dos Estados Unidos em
Israel para a cidade santa.
Sobre a Síria, o comunicado acentua a necessidade
de “redobrar os esforços para encontrar uma solução política que preserve a
unidade do país, a sua soberania e independência, a fim de acabar com a
presença de grupos terroristas.” O Presidente sírio Bashar al-Assad, cujo país
perdeu desde 2011 o seu assento na Liga Árabe, foi o grande ausente da cimeira.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António
Guterres, que fez o discurso de abertura da Cimeira do Mar Morto com
integrantes dos países da Liga Árabe, apelou aos líderes do bloco para que
moldem um “novo mundo árabe” que possa abordar e resolver internamente as suas
diferenças através do diálogo e da cooperação.
ANG/JA
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