Presidente
recém-eleita diz que falta de reforma na Administração Pública condiciona o acesso
dos jovens ao emprego
Bissau, 04 Jul 17
(ANG) – A nova Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) disse
segunda-feira que a esperada reforma no aparelho de Estado guineense
condiciona o acesso dos jovens recém-formados
ao mercado de emprego.
Aissatu Forbs que
falava segunda-feira no programa “Mulheres em Foco” da Televisão da Guiné-Bissau
disse que é importante ter a juventude como centro de desenvolvimento pelo que
se deve apostar nos jovens quadros.
“o exemplo claro, são
as instituições do país que só funcionam com os “ditos estagiários” .Até as
empresas privadas os aproveitam ou seja usam as suas forças e vontade no emprego
para o benefício dos seus empreendimentos e a grande maioria nunca chega a ter
integração efectiva, mesmo com competências comprovadas”, disse.
A Presidente da CNJ adiantou
que vão sensibilizar os jovens no
sentido de fazerem pressão ao nível do Estado para que haja reforma na
Administração Pública.
Aissatu Forbs acrescentou
que esse grupo de pressão deve incluir a CNJ, Ministério da Juventude como
tutela e os parceiros internacionais para pôr fim ao flagelo ou morte lenta na
função pública guineense, “que funciona à meio gás com trabalhadores
desmotivados”.
Questionada sobre se
pode ser comparada o número das mulheres a dos homens nos postos de emprego no país,
Forbs disse que não, salientando que as senhoras trabalham mais no emprego
informal do que no formal, frisando que mesmo nos Ministérios, as mulheres
ocupam mais posições mais baixas
relativamente aos homens.
“Podemos tirar
exemplo neste Governo que não tem nenhuma mulher ministra e elas devem sair no
anonimato e lutar para mostrar as pessoas que somos capazes como os homens”,
aconselhou, tendo salientado que “no que tem a ver com competência não há
sexo”.
Aissatu Forbs disse
que apesar de tudo, o Governo fez uma
coisa deferente em relação aos jovens que é a aprovação da Política da Juventude
- um documento estratégico que define tudo em relação aos jovens, tendo
acrescentado que falta ainda resolver o problema de orçamento que é a chave para efectivar o Plano
Estratégico da Juventude.
A pesidente da CNJ
disse que, por ser uma menina, a sua escolha não foi fácil, por causa de preconceitos, uma
vez que seria a primeira mulher a dirigir esta organização juvenil.
“Mas com apoio das
pessoas que conhecem e reconhecem o meu valor e a minha participação na vida
social e que acreditam em mim, assumi o cargo. Agora a minha perspectiva é
fazer melhor para a juventude e não pensar no passado”, referiu, tendo convidado
à todos a se unirem para um futuro melhor da juventude guineense.
Aissatu Forbs é a
primeira mulher a dirigir o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), desde a sua
fundação nos anos 90 e substitui no
cargo Dito Maxks.
ANG/MSC/ÂC/SG
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