Mais de 7,1 milhões votam em consulta simbólica contra projecto do
Presidente -Oposição
Bissau, 17 Jul 17 (ANG) - Mais de 7,1 milhões
de eleitores votaram na consulta simbólica contra o projecto de Assembleia
Constituinte, promovido pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou
a oposição.
“Com 95 por cento dos votos escrutinados,
participaram 7.186.170 venezuelanos” na consulta popular organizada pelos
opositores do Presidente, Nicolás Maduro, para se pronunciarem sobre a
alteração constitucional promovida pelo Executivo, informou, em conferência de
imprensa, a reitora da Universidade Central da Venezuela (UCV) e membro da comissão
de garantias do plesbicito, Cecilia García Arocha.
“Esta acção, realizada pela população venezuelana,
é uma mensagem clara e contundente, a nível nacional e internacional”, de que a
população “quer uma mudança” de Governo “através da democracia”, sublinhou.
Os venezuelanos foram convocados, no domingo, pela
oposição venezuelana, para participarem num plebiscito simbólico contra o
projecto de Assembleia Constituinte do Presidente Nicolás Maduro.
O plebiscito ocorreu após mais de três meses de
intensos protestos, durante os quais pelo menos 94 pessoas morreram.
Naquele que a oposição designou como o maior ato de
“desobediência civil”, os venezuelanos deviam responder se apoiam, ou não, a
Assembleia Constituinte, promovida por Maduro e convocada para 30 de Julho.
Nesta votação, os eleitores pretendem exigir que as
Forças Armadas defendam a actual Constituição e apoiem o parlamento, onde a
oposição detém a maioria, afastando-se do Governo.
A consulta incluía uma terceira pergunta sobre se
aprovavam uma renovação dos poderes Públicos, a realização de eleições livres e
a formação de um governo de unidade.
O número de participantes na consulta simbólica,
referido pela oposição venezuelana, é inferior aos 7,7 milhões que votaram nos
candidatos da oposição nas eleições legislativas de 2015, garantindo ao campo
dos adversários de Maduro o controle do parlamento.
Também no domingo, os apoiantes de Maduro foram às
assembleias de voto num ensaio para a votação de 30 de Julho para eleger os
membros da assembleia que vão redefinir a constituição da Venezuela de 1999.
O plebiscito, que a oposição designa como o maior
ato de “desobediência civil”, teve lugar após três meses de contínuos protestos
violentos contra o Governo de Nicolás Maduro, durante os quais pelo menos 93
pessoas morreram.
O dia da consulta popular fica marcado por
violência, que resultou na morte de uma mulher de 61 anos e em quatro pessoas
feridas a tiro, quando um grupo de homens armados disparou contra um dos postos
de voto no referendo promovido pela oposição, relataram várias fontes.
Na Venezuela, os protestos contra o Governo
intensificaram-se desde 01 de Abril.
ANG/Lusa
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