Celebrados os 21 anos com “balanço amplamente positivo”
Bissau, 18 Jul 17 (ANG) - A secretária-executiva da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP) traçou segunda-feira um “balanço amplamente
positivo” dos 21 anos da organização e defendeu a aposta na mobilidade, na
cooperação multilateral e na actividade económica empresarial dos nove
Estados-membros.
Foto Arquivo |
“Estamos conscientes que 21 anos de existência são
insuficientes para uma organização de Estados concretizar na sua plenitude os
desígnios que nortearam a sua criação.
Mas o saldo da CPLP é amplamente
positivo”, considerou hoje Maria do Carmo Silveira, numa mensagem de vídeo
divulgada na página da Internet da comunidade lusófona, que hoje celebra 21
anos.
Esta data, acrescentou, é uma “oportunidade para
reconhecer o quanto a CPLP, que continua a ser uma comunidade em construção,
tem progredido no sentido da consolidação dos seus alicerces, procurando
estruturar-se e adaptar-se aos novos desafio da actualidade e a corresponder às
expectativas e aspirações dos cidadãos dos Estados-membros”.
“O mundo globalizado acarreta facilidades, mas
também muitos desafios”, disse, referindo o surgimento de “agentes oportunistas
que se têm aproveitado dessas mudanças e dessas facilidades para proliferarem e
se fortificarem, pondo em causa a paz, a segurança e consequentemente o
almejado desenvolvimento”.
Para se adaptar a um “mundo em constante mutação”,
a organização desenvolveu uma nova visão estratégica, aprovada pelos líderes
políticos dos nove Estados-membros em Novembro passado, cuja execução “é tão
importante como urgente para promover a capacitação institucional, reforçar a
coesão interna e alavancar a missão da CPLP”.
Nesse sentido, a secretária-executiva reforçou a
necessidade de “reforçar o capital humano dos Estados-membros, através da
formação e da socialização de conhecimentos”, de “assumir a actividade
económica empresarial como motor de desenvolvimento e progresso económico” e de
“acelerar o desenvolvimento de plataformas de cooperação multilateral,
multissectorial, que possam dinamizar, integrar e tornar competitiva a economia
da CPLP”.
“É fundamental dinamizar a circulação e a
mobilidade no espaço da CPLP para uma maior coesão e sentimento de pertença”,
além de prestar uma “particular atenção aos sectores estratégicos de
cooperação”, como ambiente, mares, energia, segurança alimentar, ciência e
tecnologia, educação ou turismo.
A CPLP é, destacou ainda, uma comunidade que “pugna
pela defesa dos valores democráticos e dos direitos humanos, pela igualdade
jurídica dos Estados, pela solução pacífica dos conflitos e pela promoção do
desenvolvimento sustentável”.
A responsável da organização advertiu que “é
importante não perder de vista o objectivo primário da sua criação, que é a
consolidação de sociedades democráticas e prósperas, aproveitando todas as
sinergias disponíveis”.
A mensagem da secretária-executiva antecede o
próximo Conselho de Ministros da CPLP, que decorre esta quinta-feira em
Brasília, e que decorre sob presidência brasileira, centrada na “Agenda 2030:
Avanços e Desafios”.
A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste. O membro mais recente é a Guiné Equatorial, que aderiu na cimeira
de Díli, há três anos.
ANG/Inforpress/Lusa
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