Guiné-Bissau entre
os que mais combatem o fenômeno
Bissau,25 Out 17
(ANG) – O Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) afirmou a Guiné-Bissau
está entre os cincos países que destacam-se pelo declínio de casamento infantil
de 40 a 60 por cento ao longo dos últimos 25 anos.
A informação consta no
comunicado à imprensa desta organização, entregue à ANG, baseado no Relatório Final do encontro
de alto nível sobre o fim do casamento infantil que decorreu recentemente em
Dakar, sob o lema “alcançar um futuro sem casamento: com enfoque na África
Central e Ocidental”.
De acordo com o
documento para que o progresso seja realmente acelerado, serão precisos mais 100
anos para pôr fim ao casamento infantil na África Ocidental e Central.
Acrescenta que, com o rápido crescimento populacional e a
elevada prevalência desta prática ,mesmo que as actuais taxas de declínio de
matrimónio precoce duplicasse, não é suficiente para reduzir a taxa de
raparigas que casam todos os anos.
A Unicef apela uma resposta
rápida, “porque não se pode esperar mais de 100 anos para eliminar a prática do
casamento infantil na região”.
O documento revela
que quatro em cada 10 raparigas casam antes dos 18 anos, e uma em cada três
fazem-no antes dos 15 anos.
Para mudar a situação
a directora adjunta da UNICEF, Fatoumata
Ndiaye disse que “não podemos permitir que a saúde das raparigas continua a ser
prejudicada e que percam a sua educação
e infância”.
Afirmou que é
possível fazer progresso, mesmo nos países de elevada prevalência, se forem
tomadas um conjunto de medidas, tais como capacitar as raparigas, mobilização
das comunidades para uma mudança de atitude e de conduta, oferecendo serviços
adequados para as raparigas em risco e casadas, uso de leis e políticas firmes
destinadas a proteger as raparigas.
Fatoumata destaca a
permanência das raparigas na escola como uma das estratégias para atrasar o
casamento infantil, porque as meninas instruídas são capazes de desenvolver a
competência e conhecimento que precisam para tomar uma decisão.
O casamento infantil
é uma prática nefasta que viola os direitos das crianças. E que as raparigas
que casam cedo têm menos possibilidade de concluir o ensino e mais hipótese de
serem vítimas de violência e de serem infectadas pelo VIH. ANG/LPG/ÂC/SG
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