FMI desembolsa 3,65 ME para Guiné-Bissau
Ministro de Economia e Finanças |
Bissau,13 Dez 17(ANG) - O Fundo Monetário Internacional
(FMI) anunciou terça-feira o desembolso de 4,3 milhões de dólares (3,65 milhões
de euros) para a Guiné-Bissau no quadro do Programa de Extensão de Crédito e
considerou satisfatória a evolução económica, embora com reservas.
Num comunicado, o FMI indica que a decisão foi tomada após a conclusão da quarta revisão do programa, realçando que, ao abrigo do procedimento, a soma disponibilizada para a Guiné-Bissau ascende já a 19,8 milhões de dólares (16,79 milhões de euros)
Tao Zhang, que liderou a missão de avaliação a Bissau e que integra o Conselho de Administração do FMI, sublinhou no comunicado que a implementação das políticas económicas na Guiné-Bissau tem sido satisfatória e em linha com os objetivos do programa financiado pelo Fundo.
«O crescimento económico tem continuado forte, apoiado nos preços mais elevados das matérias-primas, ao mesmo tempo que melhora a receita fiscal, o que tem permitido manter a estabilidade económica», sublinhou Tao Zhang.
No entanto, para o FMI, o reforço do sistema bancário «é crítico» para a estabilidade do setor financeiro, enquanto as receitas fiscais, apesar de terem melhorado, são ainda baixas.
«As baixas receitas governamentais indicam a necessidade de reforçar o sistema fiscal. Terão de ser feitas reformas estruturais específicas para criar um espaço fiscal que priorize as despesas sociais e o investimento, de forma a garantir os resultados desejados», salientou.
Segundo Tao Zhang, os empréstimos para projetos prioritários devem continuar a ser contidos e devem estender-se o mais possível ao «financiamento concessional».
O Governo guineense deve também apresentar planos para melhorar a gestão da rede pública de eletricidade e de água canalizada, garantindo, paralelamente, transparência financeira nas empresas públicas.
Também crítico para manter o crescimento económico, criação de emprego e redução da pobreza é a melhoria do ambiente de negócios, sublinhou Tao Zhang.
«Para garantir o investimento privado e permitir a diversificação económica», alertou o responsável do FMI, «é necessário também o reforço do Estado de Direito, a promoção de políticas de estabilidade e apostar na transparência nos assuntos governamentais».
«Em paralelo, as autoridades (guineenses) têm de avançar com iniciativas visando reduzir a corrupção e combater a lavagem de capitais e o financiamento ao terrorismo», frisou.
O Programa de Extensão de Crédito para a Guiné-Bissau, de três anos, foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI a 10 de julho de 2015 e visa restaurar a estabilidade macroeconómica e melhorar a eficiência dos serviços públicos, bem como reforçar o crescimento inclusivo.
Segundo o FMI, o empenho da Guiné-Bissau no Programa tem sido «forte» e os resultados são «satisfatórios», uma vez que todos os critérios de desempenho e as metas indicativas foram atingidos em junho.
No entanto, ressalvou o FMI no comunicado, duas das metas ficaram por atingir – operações de gestão da dívida e os relatórios financeiros da empresa pública de eletricidade. ANG/Lusa
Num comunicado, o FMI indica que a decisão foi tomada após a conclusão da quarta revisão do programa, realçando que, ao abrigo do procedimento, a soma disponibilizada para a Guiné-Bissau ascende já a 19,8 milhões de dólares (16,79 milhões de euros)
Tao Zhang, que liderou a missão de avaliação a Bissau e que integra o Conselho de Administração do FMI, sublinhou no comunicado que a implementação das políticas económicas na Guiné-Bissau tem sido satisfatória e em linha com os objetivos do programa financiado pelo Fundo.
«O crescimento económico tem continuado forte, apoiado nos preços mais elevados das matérias-primas, ao mesmo tempo que melhora a receita fiscal, o que tem permitido manter a estabilidade económica», sublinhou Tao Zhang.
No entanto, para o FMI, o reforço do sistema bancário «é crítico» para a estabilidade do setor financeiro, enquanto as receitas fiscais, apesar de terem melhorado, são ainda baixas.
«As baixas receitas governamentais indicam a necessidade de reforçar o sistema fiscal. Terão de ser feitas reformas estruturais específicas para criar um espaço fiscal que priorize as despesas sociais e o investimento, de forma a garantir os resultados desejados», salientou.
Segundo Tao Zhang, os empréstimos para projetos prioritários devem continuar a ser contidos e devem estender-se o mais possível ao «financiamento concessional».
O Governo guineense deve também apresentar planos para melhorar a gestão da rede pública de eletricidade e de água canalizada, garantindo, paralelamente, transparência financeira nas empresas públicas.
Também crítico para manter o crescimento económico, criação de emprego e redução da pobreza é a melhoria do ambiente de negócios, sublinhou Tao Zhang.
«Para garantir o investimento privado e permitir a diversificação económica», alertou o responsável do FMI, «é necessário também o reforço do Estado de Direito, a promoção de políticas de estabilidade e apostar na transparência nos assuntos governamentais».
«Em paralelo, as autoridades (guineenses) têm de avançar com iniciativas visando reduzir a corrupção e combater a lavagem de capitais e o financiamento ao terrorismo», frisou.
O Programa de Extensão de Crédito para a Guiné-Bissau, de três anos, foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI a 10 de julho de 2015 e visa restaurar a estabilidade macroeconómica e melhorar a eficiência dos serviços públicos, bem como reforçar o crescimento inclusivo.
Segundo o FMI, o empenho da Guiné-Bissau no Programa tem sido «forte» e os resultados são «satisfatórios», uma vez que todos os critérios de desempenho e as metas indicativas foram atingidos em junho.
No entanto, ressalvou o FMI no comunicado, duas das metas ficaram por atingir – operações de gestão da dívida e os relatórios financeiros da empresa pública de eletricidade. ANG/Lusa
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