PRS pede a CEDEAO o levantamento imediato das sanções aos
seus dirigentes
Bissau, 21 Fev 18 (ANG) – O Partido da
Renovação Social (PRS),apelou terça-feira a Conferencia dos Chefes de Estado
dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) o levantamento
imediato e incondicional das sanções impostas aos seus dirigentes, por as
considerarem inválidas, nulas e improcedentes.
A posição dos renovadores foi tornada
pública num manifesto enviado a CEDEAO à que a ANG teve acesso.
O PRS refere que a crise política que
dura há mais de dois anos e sem fim à vista, teve o seu início no seio do PAIGC
que ganhou tudo e mesmo assim não conseguiu governar por causa dos
desentendimentos internos.
“Se não vejamos o Presidente da
República em função e da Assembleia nacional Popular foram eleitos por este
partido, os sete Primeiros-ministros nomeados durante esta legislatura são
todos do PAIGC”, disse na nota.
Na missiva os renovadores afirmam que
o epicentro da crise vigente no país que começou dentro de um partido( PAIGC)
com a expulsão dos 15 deputados, e que o
PRS nada tem a ver com isso.
Para o PRS, maior partido na oposição,
o que desvirtuou o Acordo de Conacri, tanto no espírito, regras e pontos
resultando no seu incumprimento foram essencialmente três factos a saber:
“A não integração do PAIGC no Governo
inclusivo, a não convocação por parte do Presidente da Assembleia Nacional
Popular das sessões para deliberar e legislar sobre as reformas necessárias
legais e institucionais. E a terceira tem a ver com a reintegração efectiva e incondicional
dos seus 15 deputados expulsos “,refere o documento.
O PRS declara ser contra o castigo da CEDAEO,
sustentando que o “acto é uma tentativa de desvirtuar a democracia, silenciar a
participação política bem como decapitar a segunda força política nacional,
através de um obscuro, mas bem identificado conluio que envolve a mediação com
uma das partes envolvidas no diferendo, tudo em prejuízo do Estado de Direito,
em prol de interesses pessoais e de hegemonia partidária.”
Por tudo isso, o PRS apela o bom senso
e equilíbrio, ao diálogo, entendimento interno, a exclusão definitiva do
mediador da crise guineense Alpha Condé, quem o partido acusa de “suspeito, pouco transparente e parcial”, na condução da mediação.
Por outro lado, apela as Nações Unidas, União Africana, União
Europeia e a comunidade dos Países da Língua Portuguesa para apoiarem o
levantamento imediato e incondicional das sanções.
Pelo menos seis dirigentes do PRS constam na
lista de sancionados pela CEDEAO, sob acusação de estarem a obstruir o cumprimento do Acordo de
Conacri, instrumento jurídicvo encarrado como a solução para a crise política
guineense que dura há três anos.
ANG/MSC/ÂC/SG
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