Inspector-geral de comércio apela agricultores para
venderem a castanha antes que seja tarde
Bissau, 04 Mai 18 (ANG)
- O Inspector-geral do comércio lançou um apelo hoje aos agricultores no
sentido de venderem os seus produtos de modo a evitarem as consequências
negativas.
Alberto Mendes Pereira
falava em declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné sobre a comercialização da castanha de caju em diferentes zonas do pais
“A castanha de caju
corre o risco de baixar de preço uma vez que já chegou a época chuvosa e que
até então não existe consenso na prática de preço para a comercialização do
mesmo. Digo isso porque se praticam diferentes preços em distintas zonas do
país, em alguns se praticam 600 fcfa o quilo e noutras 800 fcfa por cada
quilograma”, disse Alberto Pereira.
Acrescentou que tendo
em conta ao preço de referência anunciado pelo Presidente da República muitos não
venderem os seus produtos preferindo aguardar pelo melhor preço, o que poderá
não acontecer devido a tendencia que se vislumbra no mercado internacional.
Alberto Pereira
confirmou haver muita fuga da castanha para o estrangeiro principalmente para o
viuzinho Senegal, devido ao arranque tardio da compra da castanha motivado pela
discordância dos exportadores em relação ao preço base de 1000 francos cfa.
Acrescentou que,
habitualmente, enviam ao terreno mais de 300 fiscais para o controlo do
escoamento da castanha para Bissau mas que devido a falta de meios financiros
só puderem ter no terreno cerca de 200 fiscais.
“Podemos dizer que a insuficiência de fiscais
no terreno pode ser considerada também uma das causas da fraca actividade de
combate à fuga da castanha para países
vizinhos. Não há como fazer uma vez que não existem meios e os Guardas nacionais que estão nas zonas
fronteiriças não estão a colaborar”, disse Mendes Pereira.
Segundo Alberto Pereira
algumas pessoas foram detidas na tentativa de levar a castanha para o Senegal
mas muitos conseqguiram escapar, devido a
falta de colaboração da própria população.
Alberto Mendes Pereira
explicou que a maioria de casos de fuga se devrificou na região de Cacheu,
devido a existência de muitas vias clndestinas de acesso à fronteira.
O Inspector-geral do Comércio
apela aos governantes no sentido de pensarem no interesse do país e de não
misturarem assuntos económicos com a política, tendo sublinhado que na
Guiné-Bissau muitas pessoas dependem da castanha de cajú para sobreviver.
Sustentou que o preço de referência de um produto não
significa a imposição da obrigatoriedade do seu cumprimento e que por isso, não
é normal dar ordens para prender os comerciantes que não estão a comprar a
castanha ao preço de 1000 francos cfa.
ANG/AALS/DMG/ÂC//SG
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