Inglaterra à
conquista de mercados africanos
Bissau, 29 ago 18 (ANG) - A Primeira-ministra britânica,
Theresa May, iniciou na África do Sul,
um périplo por vários países, que a levará também à Nigéria e ao Quénia.
Uma deslocação
com a ambição de preparar acordos comerciais com países africanos para
compensar as perdas económicas do Reino Unido depois do
"Brexit".
Num discurso pronunciado,terça-feira na cidade do Cabo, a Primeira-ministra
britânica, Theresa May disse Presidente Cyril Ramaphosa querer mais
investimento britânico no continente africano:
“O meu desejo é que o Reino
Unido seja o primeiro investidor do G7 em África em 2022. Como discutimos em
Londres, o Reino Unido apoia totalmente o seu objectivo, Sr. Presidente, de
atrair mais investimento para a África do Sul, de modo a criar mais emprego e
crescimento económico. E eu quero ver as empresas britânicas a desempenharem um
papel central na execução destas suas ambições”, disse.
O G7 reúne as principais economias do planeta,
com excepção da China, e esta viagem de Theresa May mostra claramente o desejo
do Reino Unido de se tornar o principal parceiro deste grupo a fazer negócios,
intercâmbios e parcerias com economias africanas fortes, para compensar as
perdas económicas previstas pelo Brexit, a saída da União Europeia.
Esta posição britânica é o reflexo da decisão do Reino
Unido de sair da União Europeia, depois do referendo de Junho de 2016. Desde
aí, o Reino Unido tem vindo a multiplicar os contactos diplomáticos, para
preparar acordos comerciais que substituam aqueles que tinham sido
estabelecidos com Bruxelas.
Por outro lado, e ainda segundo as palavras de Theresa
May, na Cidade do Cabo, "a criação de empregos em África ataca as causas e sintomas do extremismo
e da instabilidade, e permite uma melhor gestão dos fluxos migratórios,
estimulando um crescimento económico limpo".
ANG/RFI
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