Advogado pede libertação de militares presos por alegada tentativa de
assassínio do CEMGFA
Bissau, 15 Ago 18 (ANG)
– O advogado dos 10 militares presos deste
Dezembro do ano passado, acusados de tentativa de assassinio ao Chefe de
Estado-maior General das Forças Armadas, pediu hoje a libertação dos seus
constituintes, sustentado que já
passaram seis meses sem que sejam condenados na primeira instancia.
Em conferência de imprensa conjunta com os
familiares das vítimas, Ricardino Nancassa deu a sua versão sobre como o
processo está a ser conduzido pelo Tribunal Militar .
“Como é do conhecimento público, em meados de
Dezembro de 2017, o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague
Nan Tan denunciou numa reunião com todos
os oficias das unidades militares do país que alguns militares queriam o
assassinar”, recordou.
O advogado acrescentou que no fim da referida reunião os militares acusado foram detidos e
seus processos mandados para o Tribunal Militar para apurar a veracidade da
causa segundo as leis, salientando que aquela instituição de justiça militar
não fez o seu trabalho porque nada investigou até o momento.
“O prazo da acusação
provisória e definitiva passaram e nós advogados de defesa entramos com um
pedido de habeas Corpus, que foi congelado pelo Tribunal e não foi enviado para
o Supremo Tribunal de Justiça e agora já passaram seis meses”, explicou.
O advogado afirmou que,
segundo a lei, uma vez ultrapassado este período sem condenação na primeira
instância, a pessoa detida tem que ser libertada, o que não foi o caso.
Ricardino Nancassa referiu
que o mais caricato de toda a história é que o próprio juiz de instrução criminal, obedecendo
ao princípio de contraditório, mandou chamar os presos para os ouvir e no final
da audição decidiu revogar a prisão preventiva por falta de provas e os 10
militares continuam ainda “sequestrados”.
Salientou que a lei diz
que quem foi mandado libertar um preso e não o fizer está a cometer o crime de desobediência.
Nancassa denunciou
igualmente as “más condições das celas”
onde os detidos se encontram sem contudo relevar os nomes dos envolvidos.
Em nome dos familiares dos
militares detidos, Alqueia Sanhá pediu a libertação imediata, sublinhando que
já tiveram varias promessas de que eles seriam libertados mas que não cumpriu.
“Já estamos cansados,
sem trabalho e até agora não há provas do que estão a ser acusados por isso
estamos a pedir que sejam libertados “,frisou Sanhá.
ANG/MSC/ÂC//SG
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