Secretariado do PAIGC condena “violência verbal” do dirigente
do PRS contra ministra da Administração Territorial
Bissau, 03 Dez 18
(ANG) – O Secretariado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), condenou o que considera de “violência verbal” do dirigente do PRS,
Sola Na Inquilin Na Bitchita contra a ministra da Administração Territorial,
Ester Fernandes.
“O PAIGC condena com veemência todo o tipo de
violência, seja verbal, física ou psicológica dirigida a seja quem for e vinda
de quem vier, sobretudo quando se trata de um deputado da nação”, refere um
comunicado do partido à que a ANG teve acesso.
O Secretariado Nacional do PAIGC refere que o
partido esta indignado com conteúdo da conferência de imprensa realizada na
semana passada por um conjunto de partidos políticos que contestam o
recenseamento eleitoral em curso.
Um grupo de partidos
da oposição na voz de Sola Na Nquilin exige a demissão da ministra da
Administração Territorial, a quem acusa de ser a resposavel por alegadas
irregularidades que dizem estar a se verificar no processo de recenseamento
eleitoral. A título pessoal, Sola terá ameaçado bater na ministra.
O grupo inclusive
ameaça invadir a Presidência da República se até amanhã, terça-feira, o
presidente da República não demitir Ester Fernandes, e um quadro do GTAPE,
responsavel pela gestão dos dados de recenseamento eleitoral.
Segundo afirmações de
Na Nquilin, se até terça-feira Ester Fernandes não for demitida, “reserva-se ao
PRS o direito de abandonar o Governo”.
Reagindo as
declarações de Sola, o PAIGC disse em
comunicado que a direção do PRS, maior patido da oposição não quer assim respeitar o Acordo de Conacri e seus
atos subsequentes, condicionando a sua permanência no governo à satisfação dos
seus interesses e dos demais partidos que não querem contribuir para a viabilização
das eleições legislativas no país.
O PRS, diz o comunicado,
denunciou a existência de fraudes no recenseamento eleitoral, interpelando o
Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) sobre o assunto,mas o GTAPE
apurou que tais denúncias, não tinham qualquer fundamento nem apresentam um
facto concreto , e que os denunciantes não
apresentaram nenhuma queixa formal nas brigadas de recenseamento, conforme
manda a lei.
O PAIGC refere no
comunicado, que, pelo contrário, os militantes e simpatizantes do PRS e
partidos “satélites “ foram surpreendidos a falsificar cartões de eleitor na
“Papelaria Benfica” em Bissau, onde os seus autores foram detidos pela polícia
de Ordem Pública para averiguação e na qual os resultados são comprometedoras
para PRS e o referido movimento que
encabeça.
O comunicado ainda
refere que o referido dirigente do PRS foi ministro de Administração
Territorial durante 3 anos e foi incapaz de realizar uma única atualização de
Caderno Eleitoral, o que está também subjacente ao caos em que neste momento
pretendem colocar o país, com objectivos inconfessos.
O Secretariado Nacional
do PAIGC advertiu a todos os guineenses e a comunidade internacional que o Presidente
da República, os renovadores e seus apoiantes já tinham conseguido atrasos sucessivos
no processo e tornou o recenseamento mais complicado, instruindo embaixadores a
bloquear o processo.
O documento mostra
ainda que certos secretários gerais de partidos perturbaram a mesa de
recenseamento, falsificando e inventando boletins para desacreditar o processo,
num esquema de “vale tudo” como senão bastasse ainda tentam forçar a queda ou alteração
do atual governo.
Na nota o PAIGC
acusou o PRS e seus comparsas de pretenderem adiar as eleições legislativas e
se possível faze-las coincidir com as presidenciais previstas para o próximo
ano. ANG/JD/ÂC//SG
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