Bissau, 06 nov 19 (ANG) - O governo francês deverá
anunciar esta quarta-feira a instauração de quotas de imigração profissionais,
para oficialmente fazer face às dificuldades de recrutamento nalguns sectores,
nos quais contratar um trabalhador estrangeiro é muito complicado.
Actualmente em França quando uma empresa pede uma autorização de trabalho para um cidadão
estrangeiro, não oriundo de um Estado europeu, o Serviço de Mão de Obra
Estrangeira, que depende do Ministério do Trabalho, começa por verificar a
"situação de emprego"
nas respectivas zonas e sectores, bem como os esforços feitos pelo solicitador
para obter o mesmo tipo de emprego em França.
Cerca de 30
profissões são abrangidas por esta lista não actualizada desde 2008,
que obriga a demonstrar que as
competências exigidas não existem em França, em função do número
de pessoas inscritas nos Centros
de Emprego, por exemplo em relação informáticos, técnicos de construção
mecânica, manutenção de elevadores, serventes, cozinheiros, empregados de mesa
e demais operários pouco qualificados.
A lista será estabelecida no verão de 2020 e a primeira
reunião com os parceiros sociais terá lugar a 18 de Novembro, precisou hoje a ministra do trabalho Muriel Pénicaud.
Até ao momento esta é praticamente idêntica para todas
as regiões, mas o governo promete adaptá-la
às necessidades locais, com números para cada uma das profissões
requerentes de empregos, que seriam revistos anualmente, para adaptá-los às
necessidades económicas.
Num inquérito anual revelado em Abril pelo Centro de
Emprego uma em cada duas empresas antecipava as necessidades de recrutamento,
mas as propostas do governo não
são consensuais.
As propostas do governo são vistas pelos sindicatos de hotelaria e restauração como
algo que poderá trazer milhares de pessoas e consolidar o trabalho dos
franceses, pois evitará suprimir
empregos por falta de pessoal competente.
Para a Federação Francesa de Construção Civil tal pode responder a profissões específicas, mas
deveria priorizar-se a optimização das formações.
Enquanto a extrema direita fala de burla politica, que so terá efeito sobre 10% da imigração ilegal e
pelo contrário trará mais
imigrantes para França.
O Partido
Socialista na oposição por sua vez ironisou "Macron fez o que Nicolas Sarkozy sonhou em
2007".
Em 2018 apenas 33.500 primeiras autorizações de
residência por motivos económicos foram aceites, num total de 256.000 atribuídas por todos os motivos possíveis. ANG/RFI
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