EUA/Joe Biden promete sarar uma
América dividida
Bissau, 09 Nov
20 (ANG) - Joe Biden e Kamala Harris falaram pela primeira vez no sábado à
noite enquanto Presidente e vice-presidente eleitos dos Estados Unidos da
América.
Falaram de
"uma vitória clara e convincente" depois de terem conquistado o
maior número de votos populares de que há registo no país.
Kamala Harris fez a abertura da festa
em Wilmington, onde milhares de apoiantes democrata esperavam pelos
discursos de Biden e Harris.
A senadora de 56 anos é a primeira
mulher, afro americana, filha de imigrantes da Jamaica e da Índia, a
ocupar o cargo de vice-presidente, o segundo lugar mais alto da nação.
Embora seja a primeira mulher a ocupar o
cargo de vice-presidente dos EUA, garantiu "não vai ser a
última".
"É importante a união do país" lembrava ontem à noite à RFI o cineasta
cabo-verdiano Guenny Pires, que acompanhou a vitória do democrata na
Califórnia.
A vitória de Biden representa uma
reviravolta nos Estados Unidos da América, mas também no mundo. A vitória do
democrata foi recebida com um alívio por muitos líderes mundiais, que se
precipitaram para felicitar o 46° Presidente dos EUA.
O antigo presidente Barack Obama saudou a
vitória "histórica" de Joe Biden, que foi seu
vice-presidente entre 2009 e 2017.
Bem como Emmanuel Macron, Angela Merkel,
Boris Jonhson, Marcelo Rebelo de Sousa ou ainda Jorge Carlos Fonseca,
Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi.
Donald Trump, Presidente ainda no cargo e
candidato republicano, não reconheceu a derrota e está a avançar com
processos judiciais, alegando fraude eleitoral. "Faltam os
resultados oficiais", defendeu o republicano luso-descendente
Vítor Barbosa, vereador em Palm Cost na florida
Sábado à noite milhares de pessoas foram para as ruas
de várias cidades norte-americanas, incluindo Los Angeles, Nova Iorque,
Filadélfia, Atlanta e Washington, D.C., para festejarem a eleição de Joe Biden
como próximo Presidente dos Estados Unidos da América.
Em New Jersey, os eleitores estavam muito
divididos e não houve reacções na ala dos Republicanos, afirma Pedro
Rego, eleitor luso americano que "como muitos outros eleitores" votou
no candidato republicano, apesar de terem votado democrata em 2016.
Até ao início de Dezembro, os estados
contam os votos e certificam os resultados finais. Quando as margens são
muito curtas, vários estados têm recontagem automáticas dos
votos. Cada estado tem um prazo próprio para terminar este processo. No
entanto, durante este período pode haver discórdia nos resultados e
contestação judicial, atrasando a oficialização final das contagens.
"A euforia nas ruas norte-americanas são um grito dirigido ao Supremo Tribunal: "não nos tirem esta vitoria" , aponta o sociólogo português, Boaventura Sousa Santos, lembrando que "muitas coisas estão ainda em aberto". ANG/RFI
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