Transportes terrestre/Federação das Associações dos Motoristas considera de “abuso” aumento de 7% na taxa do Fundo Rodoviário
Bissau, 12 Jan (ANG) – O
Presidente da Federação Nacional das
Associações dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau considerou
de “abuso” a decisão do Fundo de Conservação Rodoviária(FCR) de aumentar em
sete por cento a taxa de imposto.
Em entrevista exclusiva via telefone à ANG, Caran Cassamá reconheceu que os proprietários dos transportes mistos, urbanos e particulares não pagaram o fundo rodoviário durante dois anos porque quase todas as estradas do país estão destruídas e com buracos.
Disse que há muitos anos que pagam mas que esses fundos não são aplicados na conservação
ou reabilitação das estradas.
Cassamá disse que na sequência de negociações com o Ministério das Obras Públicas foi
prometido à Associações de Motoristas que até Janeiro de 2019, se as estradas não fossem reabilitadas ou alcatroadas, ninguém pagaria o
referido fundo.
“Depois de dois anos deviam
fazer a mesma coisa ou seja, chamar os parceiros para encontrar soluções em
relação ao pagamento do FCR se vai manter o preço antigo ou vai se alterar. Não
foi o caso,”referiu.
Referindo-se ao recente
aumento de sete por cento da taxa do FCR, afirmou que os seus associados não
vão pagar o fundo nem no antigo muito menos no atual preço alegando que, “para aumentar qualquer taxa
deve-se fazer o trabalho de base”.
Caran Cassamá acrescentou que a sua organização vai mover uma queixa crime contra a direcção do
FCR, porque fez cobranças de taxas
durante décadas sem conservar as rodovias,
e que como prejuízo, as rótulas, amortecedores, molas e outras peças dos carros estão a estragar
por causa de más condições das estradas.
Em relação as cobranças das
taxas, os carros particulares pagavam 12 mil francos/ano, atualmente devem
pagar 17 mil fcfa.
Taxis e motos que pagavam 10
mil passam a pagar 15 mil fcfa, carros de transportes que eram 23 também
aumentou.
A Federação dos Motoristas
com 21 associações e filiais em todo o território nacional,
é para Caran Cassamá
quem deveria fazer-se representar no
Conselho de Administração do FCR. “Mas, infelizmente é a Associação dos
Proprietários dos Transportes (ASTRA) com direcção caduco que ocupa esse lugar”, disse.
Cassamá apela aos seus associados para cumprirem com as
recomendações de Código de Estrada, continuarem a exigir aos passageiros o uso obrigatório de máscara,
a conduzirem com moderação e que paguem as taxas das finanças e outras excepto a
do Fundo de Conservação Rodoviária.
ANG/JD/ÂC//SG
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